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Estado de Minas PEQUIM

Hacking, novas tecnologias e informantes: como a China monitora o Ocidente


11/09/2023 10:28
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A prisão no Reino Unido, neste fim de semana, de um homem acusado de espionagem em nome de Pequim, alimenta as preocupações dos países ocidentais sobre as operações dos serviços de inteligência chineses.

O episódio ocorre meses após um balão chinês, que os Estados Unidos acreditavam ser um dispositivo espião, ter sido abatido por Washington quando sobrevoava o território americano, um incidente que gerou uma crise diplomática entre os países.

Estes são os principais dispositivos que a China utilizou para espionar os países ocidentais nos últimos anos.

- Hacking -

De acordo com investigadores e lideranças dos serviços de inteligência dos países ocidentais, a China se tornou especialista em hackear sistemas informáticos de potências rivais para obter dados sigilosos sobre a indústria e o comércio daqueles países.

Em 2021, os EUA, seus aliados e a Otan acusaram o governo chinês por um hacking massivo da Microsoft, com o objetivo de acessar e-mails e capturar informações confidenciais de pessoas e empresas.

Os hackers chineses também são suspeitos de operar nos Estados Unidos contra o Departamento de Energia, serviços públicos, empresas de telecomunicações e universidades, segundo Washington e a imprensa.

- Novas tecnologias -

Os EUA multiplicam suas advertências contra o TikTok e o risco que seus vínculos com a China podem representar para a segurança nacional.

Alguns legisladores temem que a controladora do TikTok, o grupo chinês ByteDance, possa acessar dados pessoais de usuários americanos e transmiti-los às autoridades chinesas.

Washington, que já havia sancionado o grupo Huawei, teme que os produtos desta marca sirvam de acesso para monitorar comunicações e circulação de dados, o que a empresa chinesa nega.

- Informantes -

Segundo Washington, Pequim depende de cidadãos chineses no exterior para obter informações e roubar tecnologia de ponta.

Um dos casos de maior repercussão é o do engenheiro chinês Ji Chaoqun, que chegou aos Estados Unidos em 2013 com visto de estudante. Ji foi condenado em janeiro de 2023 a oito anos de prisão por ter fornecido aos serviços de inteligência chineses informações sobre cientistas americanos que poderiam ser recrutados como informantes.

Em 2020, Wei Sun, um engenheiro chinês naturalizado americano, que trabalhava na defesa do grupo Raytheon, foi condenado à prisão depois de ter levado para a China um computador da empresa que continha informações importantes sobre um sistema de mísseis americano.

- Política -

Para obter informações em primeira mão e promover seus interesses, Pequim também se aproxima de personalidades da política e economia.

Segundo o Sunday Times, o homem detido no Reino Unido tinha contatos com deputados do Partido Conservador no poder desde quando era investigador no Parlamento.

Em 2020, o site Axios afirmou que uma estudante chinesa tinha proximidade com uma série de políticos americanos, ação encomendada pelos serviços de Inteligência de Pequim.

A jovem, chamada Fang Fang, teria conquistado sua confiança participando de campanhas de arrecadação de fundos e teria até mantido relações sexuais com alguns deles, segundo o site.

- "Delegacias" -

A China conta com uma série de "delegacias" clandestinas nos EUA e em outros países, de acordo com a organização Safeguard Defenders.

Estes locais, não regulamentados, são capazes de monitorar os dissidentes ou de exercer pressão sobre eles, segundo esta entidade de defesa dos direitos humanos. Pequim nega as acusações.

A Holanda ordenou à China, em novembro, que fechasse dois destes centros no seu território. Um mês depois, Pequim fechou duas estruturas semelhantes em Praga.


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