A agência KCNA indicou que a operação realizada na manhã de sábado foi um "exercício de contra-ataque" em resposta à atividade militar conjunta das forças americanas e sul-coreanas que, segundo Pyongyang, agravou as tensões na região.
"Na madrugada de 2 de setembro, foi efetuada uma simulação de ataque nuclear tático para advertir os inimigos sobre o perigo real de uma guerra nuclear", informou a KCNA.
"Foram disparados dois mísseis de cruzeiro de longo alcance com ogivas nucleares falsas" da costa oeste norte-coreana em direção ao mar, no sul, acrescentou.
O estado-maior conjunto sul-coreano informou, neste sábado, que um número indeterminado de mísseis de cruzeiro foi disparado na direção do Mar Amarelo por volta das 04h locais (16h de Brasília) e que estava avaliando as características dos mísseis.
A KCNA acusou os Estados Unidos e a Coreia do Sul de buscarem um "confronto histérico" com seus últimos exercícios militares conjuntos.
A Coreia do Norte executou este ano um número recorde de testes nucleares. Na semana passada, realizou sua segunda tentativa frustrada de lançar um satélite-espião.
Em resposta, Seul e Washington intensificaram sua cooperação defensiva, incluindo o uso de aviões furtivos avançados em seus exercícios conjuntos.
Na terça, o líder norte-coreano, Kim Jong Un, visitou um posto de comando de treinamento, onde detalhou planos futuros de guerra, incluindo "realizar ataques super-intensos simultâneos" contra instalações militares do Sul.
As relações entre as duas Coreias está em seu pior momento em anos, com gestões diplomáticas estagnadas depois das tentativas frustradas de discutir a desnuclearização de Pyongyang.
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