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Estado de Minas PANAMÁ

Panamá julga ex-ministros do ex-presidente Martinelli por suspeita de corrupção


22/08/2023 20:06
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Vários membros do gabinete do ex-presidente panamenho, Ricardo Martinelli, começaram a ser julgados, nesta terça-feira (22), no Panamá, por suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro, em um escândalo que também atinge dois filhos do ex-chefe de Estado.

No total, são julgadas 21 pessoas, entre elas os ex-ministros de Obras Públicas do governo de Martinelli (2009-2014), Federico Suárez e Jaime Ford, por suposta cobrança de comissões em obras de infraestrutura.

"As expectativas são as que o Ministério Público sempre teve: a condenação das pessoas que foram responsáveis pelos crimes de corrupção de servidores públicos, lavagem de dinheiro e associação criminosa", disse à imprensa o promotor anticorrupção, Aurelio Vásquez.

Também estariam envolvidos neste mega-escândalo Ricardo e Luis Enrique Martinelli Linares, filhos do ex-presidente Martinelli.

No entanto, os dois têm imunidade parlamentar, pois são deputados suplentes do Parlamento Centro-americano (Parlacen) e um eventual processo contra eles deve ser realizado pela Suprema Corte de Justiça.

Segundo o MP, os acusados do caso chamado "Blue Apple" criaram empresas de fachada para receber dinheiro proveniente da cobrança de comissões junto a empreiteiras para agilizar trâmites em 2011 e 2012.

O pagamento de propinas, que variavam entre 5% e 10% do valor do projeto, era depositado em uma sociedade anônima chamada Blue Apple Service.

Martinelli venceu as eleições de 2009 com forte discurso anticorrupção. Porém, mais de dez ministros de seu governo foram detidos por envolvimento em escândalos diversos durante seu mandato.

O próprio Martinelli foi condenado em primeira instância a quase 11 anos de prisão por lavagem de dinheiro, ao adquirir uma empresa editorial com dinheiro público.

O ex-presidente também foi chamado a juízo, juntamente com os filhos, pela suposta cobrança de comissões da construtora Odebrecht.

Os irmãos Martinelli foram condenados por este caso a dois anos e meio de prisão nos Estados Unidos. Em janeiro passado, o país proibiu a entrada em seu território do ex-presidente panamenho e de sua família direta por atos de "corrupção significativa".


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