Os contratos futuros desse produto para entrega em setembro ultrapassaram os 3 dólares por libra nesta quinta-feira (10), mais de um dólar a mais do que há um ano. Os contratos futuros chegaram a 3,20 dólares no final de julho.
"Existe a possibilidade de termos atingido nossos máximos, mas ainda há a chance de subirmos para cerca de 3,50 dólares", disse Jack Scoville, analista de mercados agrícolas da Price Futures Group.
As plantações na Flórida, a segunda maior região produtora do mundo após o Brasil, foram arrasadas no ano passado pelos furacões Ian e Nicole.
Além disso, somou-se a isso um grave surto da praga conhecida como "Huanglongbing", também chamada de doença do dragão amarelo ou Amarelão dos citros.
Essa praga, que se espalha por meio de um inseto psilídeo asiático infectado, faz com que as árvores produzam frutas amargas e de formas estranhas, ou levem à morte da planta em poucos anos.
Como não se conhece nenhum inseticida que proteja as plantações, "basicamente é preciso matar as árvores, arrancá-las e começar do zero", explicou Scoville.
O Departamento de Agricultura previu que a produção americana diminuirá mais de um quarto, para 2,3 milhões de toneladas, o nível mais baixo em mais de 56 anos.
Estima-se que a produção de suco de laranja caia quase 50%, para 85.000 toneladas, uma mínima histórica, de acordo com a agência federal.
As condições de seca no Brasil e no México também resultaram em colheitas menores, segundo Scoville.