"Recebi com pesar a notícia de um novo naufrágio de migrantes no Mediterrâneo", escreveu o papa em sua conta na plataforma X (novo nome da rede social Twitter).
"Não fiquemos indiferentes diante destas tragédias e rezemos pelas vítimas e suas famílias", pediu.
Segundo depoimentos de quatro sobreviventes, a embarcação de metal, de sete metros de comprimento, virou devido ao mau tempo na madrugada de sexta-feira, 4 de agosto, após deixar o porto de Sfax, na Tunísia.
Os quatro sobreviventes - um menor desacompanhado de 13 anos, uma mulher e dois homens - foram resgatados por um navio mercante e depois levados pela Guarda Costeira para a pequena ilha italiana de Lampedusa, onde revelaram o ocorrido aos demais.
Os migrantes, originários da Guiné e da Costa do Marfim, sobreviveram flutuando em boias à deriva por vários dias.
O papa Francisco, de 86 anos, muito sensível às questões de migração, pede regularmente que os migrantes sejam acolhidos, mesmo em países conhecidos por suas rígidas políticas anti-imigração.
Em abril, durante sua visita à Hungria, ele fez um apelo a "abrir as portas" aos migrantes diante de dezenas de milhares de pessoas.
Sua primeira viagem para fora de Roma depois de ser nomeado chefe da Igreja Católica em 2013 foi a Lampedusa, o primeiro porto de escala para muitos migrantes e refugiados que tentam chegar à Europa.
Segundo os dados coletados pelas Nações Unidas, mais de 1.800 pessoas morreram desde janeiro em naufrágios no Mediterrâneo central, a rota de migração mais mortal do mundo. Isso representa mais que o dobro do mesmo período de 2022.
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CIDADE DO VATICANO
Francisco pede que não sejamos 'indiferentes' às tragédias com migrantes
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