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Estado de Minas ATENTADO

Candidato à Presidência do Equador é morto a tiros

Um dos oito postulantes ao cargo, Fernando Villavicencio participava de comício quando foi alvejado.


10/08/2023 04:00 - atualizado 10/08/2023 10:30
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O jornalista e candidato às eleições presidenciais equatoriano Fernando Villavicencio, de 59 anos, foi assassinado ontem, confirmou o presidente Guillermo Lasso, destacando que "o crime organizado foi longe demais". Villavicencio, do movimento de centro Construye, foi morto a tiros ao deixar o local onde foi realizado um comício de campanha, no norte de Quito.

"Indignado e consternado com o assassinato do candidato presidencial Fernando Villavicencio. Minha solidariedade e condolências à sua esposa e filhas", disse Lasso, por meio da rede social X, antigo Twitter. O presidente acrescentou que "pela sua memória e pela sua luta, garanto que este crime não ficará impune" e que "o crime organizado foi longe demais, mas receberá todo o peso da lei".

Fernando Villavicencio
Fernando Villavicencio estava em segundo lugar na corrida presidencial (foto: Rodrigo Buendia/AFP)


O Equador tem enfrentado nos últimos anos um aumento do crime relacionado ao tráfico de drogas, o que quase dobrou a taxa de homicídios para 25 por 100 mil habitantes em 2022. Villavicencio era um dos oito candidatos presidenciais para o primeiro turno das eleições gerais antecipadas que ocorrerão em 20 de agosto.

O jornalista e ex-membro da Assembleia Nacional, que foi dissolvida em maio por Lasso, aparecia em segundo lugar na intenção de voto com 13,2%, atrás da advogada Luisa González (26,6%), a única mulher na disputa e afiliada ao ex-presidente socialista Rafael Correa (2007-2017), de acordo com a mais recente pesquisa da Cedatos. O jornal “El Universo”, o principal do país, informou que Villavicencio foi assassinado "no estilo de um assassinato de aluguel, com três tiros na cabeça".

O ataque aconteceu por volta das 18h20, segundo a imprensa local, na tarde de ontem (noite no Brasil). Ainda não se sabe quantos são os feridos no atentado, mas pessoas próximas da campanha afirmaram a veículos de imprensa locais que são ao redor de oito, algumas das quais internadas em uma clínica próxima ao local do evento. A polícia cercou as ruas no entorno. Villavicencio era ex-congressista e era candidato pelo Movimento Construye.

O jornalista e ex-membro da Assembleia Nacional, que foi dissolvida em maio por Lasso, aparecia em segundo lugar na intenção de voto com 13,2%, atrás da advogada Luisa González (26,6%), a única mulher na disputa e afiliada ao ex-presidente socialista Rafael Correa (2007-2017), de acordo com a mais recente pesquisa da Cedatos.

Pessoas se protegem depois de tiros
Pessoas se protegem depois de tiros serem disparados durante o comício no norte de Quito (foto: Stringer/AFP)

“AMEAÇA GRAVÍSSIMA”

Movimento na porta do hospital
Movimento na porta do hospital para onde o candidato e outros feridos foram levados (foto: Galo Paguay/AFP)
Lasso convocou o gabinete de Segurança para a sede presidencial, bem como os titulares de órgãos estatais, como o Tribunal Nacional de Justiça, para "discutir esse incidente que abalou o país". O médico Carlos Figueroa, amigo do candidato assassinado e que estava com ele no momento do ataque, relatou à imprensa que houve cerca de 30 disparos durante o atentado.

A polícia realizou uma explosão controlada no local do ataque, onde aparentemente havia uma bomba. Há uma semana, Villavicencio denunciou ameaças contra ele e sua equipe de campanha, supostamente vindas do líder de uma gangue criminosa ligada ao narcotráfico, que está detido.

"Apesar das novas ameaças, continuaremos lutando pelo povo corajoso do nosso Equador", escreveu na época o político na rede social X. Ele mencionou que recebeu uma "ameaça gravíssima" de "pseudônimo Fito", que lidera a organização "Los Choneros".

Quando era presidente da comissão legislativa de Fiscalização, Villavicencio continuou denunciando casos de corrupção, assim como vinha fazendo quando era jornalista. A violência em pleno processo eleitoral no Equador também resultou no assassinato de um prefeito e de um candidato a deputado. Antes das eleições locais realizadas em fevereiro no país, dois candidatos a prefeituras foram assassinados.


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