A declaração, assinada por AFP, Getty Images e a agência de notícias americana Associated Press (AP), entre outros, reconhece que "a inteligência artificial (...) pode trazer benefícios significativos para a humanidade".
"Historicamente, o setor dos meios de comunicação têm acolhido positivamente as novas tecnologias", a começar pela prensa gráfica, lembra o texto.
Entretanto, com o ritmo atual de desenvolvimento, a IA "excede muito todos os grandes saltos tecnológicos anteriores, potencialmente na perda dos direitos de propriedade intelectual", acrescenta o texto.
Os chatbots como ChatGPT, ou geradores de imagens como DALL-E 2, foram desenvolvidos com a utilização ampla e indiscriminada de dados da internet.
A "IA generativa e os modelos de linguagem permitem que qualquer ator, independente de sua intenção, produza e distribua conteúdo sintético em uma escala nunca vista antes", alertam os autores da carta.
Além de questões de propriedade intelectual, esses robôs conseguem produzir notícias ou imagens falsas a partir de materiais jornalísticos verdadeiros.
O desenvolvimento destas máquinas, capazes de interagir e aprender a partir de instruções humanas, exige "transparência" e a abertura de negociações coletivas, segundo o texto.
Os grupos de imprensa solicitam que qualquer produto feito com a ajuda da IA deve especificamente mencioná-la.
As principais empresas de internet, como Google, Meta ou Microsoft, investiram bilhões de dólares em chatbots, enquanto personalidades do setor, como o bilionário Elon Musk, alertaram para o grave problema que essa nova ferramenta pode representar.
Em julho, essas empresas se comprometeram a usar marcas d'água digitais para identificar o conteúdo de produtos que possuem tecnologia de IA.
PARIS