"Temos esperança, mas, ao mesmo tempo, deixamos claro, inclusive em conversas diretas com os líderes da junta, quais serão as consequências de não retornar à ordem constitucional", disse Miller.
Em entrevista à rede BBC divulgada hoje, o chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, duvidou que os mercenários russos do grupo Wagner, que se rebelou em junho contra o presidente Vladimir Putin, tenham planejado o golpe contra o presidente nigerino, o aliado do Ocidente Mohamed Bazoum.
"Acredito que o ocorrido, e o que continua acontecendo no Níger, não tenha sido instigado pela Rússia, nem pelo Wagner. Mas, em grande parte, tentam tirar proveito disso, e vemos se repetir o que aconteceu em outros países, onde eles só deixaram coisas ruins em seu rastro", declarou Blinken. "Aonde quer que esse grupo Wagner tenha ido, morte, destruição e exploração vieram em seguida."
O Wagner está presente no Mali e na República Centro-Africana, dois países que enviaram emissários ao Níger em solidariedade aos líderes do golpe.
O Níger tem sido base para as operações antijihadistas dos Estados Unidos e da França no Sahel, faixa que atravessa o continente africano de leste a oeste e é fortemente afetada pela pobreza, por conflitos e pelo crime organizado.
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