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Estado de Minas CIDADE DO KUWAIT

Kuwait executa cinco pessoas, incluindo condenado por ataque a uma mesquita em 2015


27/07/2023 10:14
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O Kuwait executou cinco pessoas nesta quinta-feira (27), incluindo um homem condenado por participar de um ataque suicida em 2015 a uma mesquita que matou 26 pessoas, disseram os promotores.

O Ministério Público supervisionou "a aplicação da pena de morte na prisão central do Kuwait" contra cinco pessoas, a maioria delas condenada por assassinato, disse em um comunicado. Todas as pessoas foram enforcadas, acrescentou.

O Kuwait sofreu o pior ataque de sua história em 26 de junho de 2015, quando um kamikaze saudita ativou seu cinturão explosivo em uma mesquita xiita. Foi o primeiro ataque no Kuwait reivindicado pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI) e causou 26 mortos e 277 feridos.

Um dos homens executados nesta quinta-feira é Abdel Rahman Sabah Saud, apátrida que conduziu o kamikaze saudita ao local do ataque. Antes, ele havia retirado de um local próximo à fronteira saudita o cinturão de explosivos usado no ataque.

O Supremo Tribunal do Kuwait o condenou à morte em maio de 2016. O réu admitiu a maioria dos fatos no julgamento em primeira instância, mas depois negou tudo e apelou ao tribunal superior.

Sabah Saud disse que o homem-bomba garantiu a ele que pretendia destruir a mesquita sem atacar os fiéis. No total, 29 pessoas, incluindo sete mulheres, foram julgadas em relação com este caso.

Em 2016, o Kuwait manteve sentenças de dois a 15 anos de prisão contra oito acusados. Entre os condenados estava o suposto líder do EI no Kuwait, Fahad Farraj Muhareb, cuja sentença de morte foi comutada em apelação para 15 anos de prisão.

Essas execuções são as primeiras no Kuwait depois de sete ocorridas em novembro e as anteriores datadas de 2017.

As execuções no Kuwait são menos frequentes do que nas outras monarquias do Golfo.

Outros homens executados nesta quinta-feira incluem um kuwaitiano, um cidadão egípcio e um membro da minoria apátrida bidoun do Kuwait, todos condenados por assassinato. Um cidadão do Sri Lanka foi enforcado por tráfico de drogas.

A Anistia Internacional denunciou "um novo exemplo do aumento preocupante do uso da pena de morte" no Kuwait.

"Quando usado contra criminosos não violentos, como o do Sri Lanka morto hoje, é inconsistente com o direito internacional", disse à AFP Devin Kenney, pesquisador da ONG no Kuwait.

Desde a introdução da pena de morte em meados da década de 1960, o Kuwait executou dezenas de pessoas, principalmente por crimes como assassinato ou tráfico de drogas.

A pena de morte se generalizou na região, principalmente na Arábia Saudita, onde 74 pessoas foram executadas desde o início do ano, segundo uma contagem da AFP.


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