A decisão foi tomada ontem, no conselho de ministros do Executivo de Pedro Sánchez, informa a disposição oficial.
A jogadora, de 26 anos, 15ª melhor do mundo, segundo a Federação Internacional de Xadrez, participou em dezembro de uma competição mundial no Cazaquistão sem o véu islâmico, de uso obrigatório para as mulheres no Irã.
Segundo explicou à AFP em fevereiro, Sara o fez para não "trair" o movimento de protesto que teve início no Irã após a morte sob custódia policial, em setembro, de Mahsa Amini, por descumprir o código de vestimenta iraniano, que impõe o uso do véu.
Um conhecido de Sara a advertiu que ela seria detida se retornasse ao Irã, motivo pelo qual a jogadora seguiu com o marido e o filho pequeno para a Espanha, onde a família vive desde então.
O caso teve repercussão internacional. Em janeiro, Sara foi recebida pelo chefe de governo espanhol, Pedro Sánchez, com quem disputou uma partida.
A jogadora já estava no radar das autoridades iranianas. Em 2020, ela foi proibida de viajar por seis meses, por ter deixado a seleção de seu país em protesto pela derrubada "por engano", segundo Teerã, de um Boeing ucraniano pelo Exército do Irã, incidente em que morreram 176 pessoas.
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