Segundo a corte do país, Ethan Roberts, de 28 anos, havia conversado com a menina online e a convenceu a entrar em seu carro. Eles viajaram 2000 milhas, ou 3218 km para um apartamento no Tolleson, Arizona, também nos EUA. Lá, a garota foi forçada a participar em pornografia infantil. Antes da viagem, a menor pediu para levar seu videogame, que ela conectou na internet para ver vídeos e jogar.
Enquanto voluntários procuravam pela menina na Virgínia, o garoto percebeu que a amiga estava online por meio de seu Nintendo Switch, que notifica aos usuários quando conhecidos entram na internet para que possam jogar juntos. De pronto, ele avisou as autoridades.
O FBI entrou em contato com a Nintendo, empresa que produz o videogame, e conseguiu o endereço IP do apartamento. Onze dias após o desaparecimento, os oficiais chegaram ao local, o homem foi preso e a garota voltou para casa.
Roberts foi indiciado na corte federal por pornografia infantil e transporte de menor com a intenção de engajamento em atividades sexuais crimianais. Por meio de um acordo judicial, em abril, ele foi sentenciado a 30 anos de prisão.
O portal ABC15 conversou com o ex-diretor do departamento de polícia de Arizona, Frank Milstead sobre o caso. "Provavelmente ninguém havia pensado nessa possibilidade naquele ponto. O fato de que outra criança foi esperta o suficiente para pensar 'Ei, olha, minha amiga está online, ela está desaparecida e eu preciso contar a alguém'", disse ele.
Qualquer dispositivo eletrônico ligado a um Wi-Fi pode ser útil para investigações, segundo Milstead.
*Estagiário sob a supervisão do subeditor Fábio Corrêa