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Estado de Minas LONDRES

Denunciante diz em julgamento que Spacey pediu que ficasse 'calmo' durante agressão


04/07/2023 13:47
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Um dos homens que acusam Kevin Spacey de agressão sexual afirmou que o ator americano lhe pediu que "ficasse calmo" enquanto tentava beijá-lo e agarrá-lo pela virilha, segundo depoimento ouvido nesta terça-feira (4), durante o julgamento do astro de Hollywood em Londres.

O ator, de 63 anos, que é julgado desde a semana passada, se declarou não culpado em janeiro de 12 acusações de agressão sexual contra quatro homens entre 2001 e 2013, principalmente a partir de 2004, quando era diretor do teatro londrino Old Vic.

Segundo um vídeo reproduzido durante o julgamento, a suposta vítima, que por motivos legais não pode ser identificada, afirmou em interrogatório com a polícia que conheceu Kevin Spacey em um pub na região de Cotswolds, no sudoeste da Inglaterra, em 2013. Lá, o ator se juntou a seu grupo de amigos.

Segundo ele, Spacey propôs "continuar a festa" com álcool e maconha na casa onde morava. O denunciante e outras pessoas foram até lá, explicou a suposta vítima, acrescentando que, por engano, deixou o cachorro do ator sair da casa.

De acordo com seu relato, ele pediu desculpas a Kevin Spacey, que o abraçou, dizendo para ele não se preocupar.

"Ele me segurou nos braços, eu meio que dei um tapinha nas costas dele. Na hora, ele me beijou duas vezes no pescoço e me agarrou pela virilha. Ele me disse duas vezes: 'fique calmo, fique calmo'. Eu coloquei meu braço entre nós e o empurrei contra a parede. Eu disse, 'desculpe, cara, eu não jogo nesse time'", explicou o homem, dizendo-se "chocado".

Segundo ele, o astro de Hollywood ficou, então, com um "olhar de pânico" e saiu da sala sem dizer mais nada.

O julgamento começou na semana passada no tribunal Southwark Crown Court.

Spacey, ganhador de dois Oscars por "Beleza Americana" (1999) e "Os Suspeitos" (1995), negou as acusações e garantiu que algumas foram forjadas e, no caso de outras, foram atos consensuais.

A Promotoria o descreveu como um "assediador sexual" que "não respeita limites ou espaço pessoal" e que "gosta de fazer outras pessoas (...) se sentirem desconfortáveis".

A princípio, o processo durará um mês.


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