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Estado de Minas WASHINGTON

Washington está otimista sobre acordo para impedir default dos EUA


26/05/2023 18:34
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Democratas e republicanos parecem estar próximos de um acordo nesta sexta-feira (26) para elevar o teto da dívida americana. A medida evita que a maior economia do mundo fique impossibilitada de honrar seus compromissos e aconteça um default.

Na medida em que a data-limite se aproxima, atualizada pelo Tesouro nesta sexta para 5 de junho, quando o Governo começaria a ficar sem dinheiro, em Washington vislumbra-se um acordo político que permitiria destravar uma votação no Congresso, responsável por aumentar a capacidade de endividamento do país.

"Com base nos últimos dados disponíveis, estimamos agora que o Tesouro não terá recursos suficientes em 5 de junho para satisfazer as obrigações do governo se o Congresso não aumentar ou suspender o teto da dívida", escreveu a secretária do Tesouro, Janet Yellen, em uma carta ao presidente da Câmara dos Representantes, o republicano Kevin McCarthy.

Segundo informações da imprensa não confirmadas, o acordo que se perfila permitiria que um episódio similar ao atual não acontecesse antes das eleições presidenciais do ano que vem.

McCarthy disse a jornalistas na quinta-feira que os negociadores haviam "feito progressos", mas acrescentou: "Nada está acordado até que tudo esteja acordado."

"Aprovamos um projeto. Ninguém mais em Washington o fez. Eleva o limite da dívida, freia nosso gasto, devolve nosso dinheiro malgastado e libera o que está nos paralisando", acrescentou.

É cada vez maior a pressão por algum tipo de acordo que permita ao governo se endividar mais para enfrentar os compromissos existentes.

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, Kristalina Georgieva, pediu, nesta sexta-feira, que se chegue a uma solução "o mais rápido possível".

"A experiência nos mostra que é preciso chegar quase no limite para encontrar uma solução", disse ela uma entrevista coletiva. "Terminar com um resultado positivo é primordial de um ponto de vista mundial", sustentou a economista búlgara ao apresentar um relatório que modificou de 1,6% para 1,7% a previsão de crescimento econômico para os Estados Unidos este ano.

Como segunda-feira é o feriado do Memorial Day, membros do Congresso deixaram Washington por dez dias. E, para a consternação dos democratas, o próprio presidente Joe Biden se dirigirá à residência oficial de descanso de Camp David e, em seguida, à sua casa em Delaware.

No entanto, Wally Adeyemo, subsecretário do Tesouro, disse à CNN que tanto Biden como McCarthy estão focados em evitar a catástrofe.

"O presidente decidiu, o 'speaker' [presidente da Câmara dos Representantes] disse: temos que conseguir algo antes de junho", frisou Adeyemo.

"Não haverá default", disse Biden na quinta-feira.

- Fazer a economia de refém -

Aumentar o teto da dívida é uma manobra contábil que costuma ser aprovada sem grandes controvérsias. Simplesmente, permite ao governo seguir tomando dinheiro emprestado para pagar dívidas já contraídas no orçamento.

A Casa Branca acusa a oposição republicana, que controla a Câmara dos Representantes, de fazer a economia de refém.

O líder da minoria democrata, Hakeem Jeffries, acusou, na quinta-feira, os republicanos de arriscarem "um perigoso default em uma crise que eles mesmos criaram".

Os economistas estão falando há meses de uma catástrofe econômica caso o governo deixe de pagar as contas. Até mesmo o alto escalão militar deu seu próprio prognóstico na quinta-feira, ao advertir que a crise teria "impacto negativo significativo" nas tropas.

"A preparação claramente seria afetada. Assim, nossos exercícios de grande escala demorariam ou seriam interrompidos em muitos casos", disse Mark Milley, chefe do Estado-Maior Conjunto, a jornalistas.

McCarthy indicou que os representantes deverão voltar de urgência a Washington se um acordo for fechado para que possam votá-lo na Câmara.


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