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Estado de Minas ASSASSINATO

Três anos após assassinato de George Floyd, reforma policial segue pendente

O crime em Minneapolis gerou reações globais contra a violência policial racista, mas mesmo com condenações, mudanças estruturais ainda não foram efetivadas


25/05/2023 16:03 - atualizado 25/05/2023 18:00
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Floyd
A morte de Floyd gerou uma onda de protestos contra o racismo e a violência policial (foto: STEPHEN MATUREN/AFP)
Passados três anos desde o chocante evento que durou nove minutos e 29 segundos e abalou o mundo, o assassinato de George Floyd por parte do policial branco Derek Chauvin em Minneapolis, nos Estados Unidos, ainda é um tema atual. O vídeo gravado por um passante mostrava Chauvin pressionando seu joelho no pescoço de Floyd, que implorava por ar e chamava por sua mãe, enquanto seus colegas Alexander Kueng, Tou Thao e Thomas Lane assistiam sem intervir. O episódio resultou na morte de Floyd e gerou uma onda de protestos contra o racismo e a violência policial, ultrapassando as fronteiras americanas.

Em meio às manifestações, o atual presidente dos EUA, Joe Biden, prometeu durante sua campanha eleitoral justiça, reformas na polícia e combate ao racismo. Após dois julgamentos distintos, Chauvin foi condenado por assassinato e violação dos direitos constitucionais de Floyd, com penas totalizando mais de 40 anos de prisão. Os colegas de Chauvin também foram condenados por violar direitos civis constitucionais e já estão cumprindo suas sentenças. Mesmo assim, processos adicionais continuam em andamento.
 
Especialistas concordam que, sem o vídeo como prova, o veredito provavelmente não teria sido tão conclusivo. Ainda hoje, policiais brancos frequentemente escapam impunes de atos desumanos devido à descrença nas vítimas negras e em seus familiares.

O jornalista Robert Samuels, vencedor do Prêmio Pulitzer por seu livro 'His name is George Floyd' (Seu nome é George Floyd), afirma que, embora haja solidariedade para combater o racismo e a violência policial nos EUA, as reformas propostas por Biden encontram-se paralisadas por disputas burocráticas. Samuels também destaca que a cor da pele ainda é um fator determinante nas ações policiais e lamenta a repetição de casos semelhantes.

Por outro lado, alguns avanços foram conquistados. Zaynab Mohamed, senadora por Minnesota e primeira parlamentar de ascendência somali, destaca a maior vigilância por parte dos afro-americanos e melhorias em algumas leis, como a prevenção da infiltração de grupos neonazistas nas forças policiais. Entretanto, ela ressalta que a verdadeira justiça só será alcançada com mudanças sistêmicas em todos os departamentos e na política em geral.


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