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Estado de Minas LONDRES

Joias e relíquias ligam coroação de Charles III à história da monarquia


05/05/2023 10:27

Na coroação de Charles III em Londres no sábado (6), serão exibidas relíquias raras e algumas das joias mais famosas do mundo, que constituem um vínculo físico e simbólico com a história da longeva monarquia britânica.

- Coroa de Santo Eduardo -

A coroa de Santo Eduardo é usada apenas para coroações. A última vez em que isso aconteceu foi em 1953, com Elizabeth II.

Foi feita para a coroação de Charles II em 1661, em substituição a uma coroa medieval fundida pelos parlamentares em 1649, após a execução de Charles I.

De ouro maciço, é incrustada de pedras preciosas, como rubis, ametistas e safiras, e adornada com uma casquete veludo púrpura orlada por uma faixa de arminho.

Não é uma réplica exata da coroa medieval desaparecida, que teria pertencido ao rei Edward, o Confessor, no século XI.

- Coroa imperial do Estado -

Ao deixar a Abadia de Westminster, o rei usará a coroa imperial de Estado, vista pela última vez no funeral de Elizabeth II, em setembro ao ano passado.

Criada em 1937 para a coroação de seu avô, George VI, também é usada na abertura do Parlamento.

Pesa 1,06 kg e tem 31,5 centímetros de altura. É cravejado com 2.868 diamantes, 17 safiras, 11 esmeraldas, 269 pérolas e quatro rubis.

Inclui o diamante Cullinan II, a segunda maior pedra lapidada do diamante Cullinan. Segundo o Royal Collection Trust, é o maior diamante já descoberto.

- Coroa da rainha Mary -

A rainha Camilla usará uma coroa feita para a coroação de Mary, bisavó de Charles III. É a primeira vez em quase três séculos que uma coroa já existente é utilizada para a coroação de um consorte. É cravejada com 2.200 diamantes, aos quais se juntaram outros, os conhecidos como Cullinan III, IV e V, da coleção pessoal da falecida Elizabeth II.

- Cetro da pomba -

Constituído por um bastão de ouro com um globo, uma cruz e uma pomba no topo, representa o poder espiritual do monarca. Tem sido usado em todas as coroações desde a de Charles II em 1661.

- Cetro da cruz -

Também usado desde 1661, este cetro representa o poder temporal do rei. Em 1911, acrescentou-se o diamante Cullinan I, de 530,2 quilates, tão pesado que o cetro teve de ser reforçado para suportar seu peso.

- Orbe Real -

Este globo com uma cruz no topo simboliza o mundo cristão. Consiste em uma esfera oca de ouro cravejada de pedras preciosas e pérolas. Durante a cerimônia de coroação, o orbe é colocado na mão direita do monarca, antes de ser depositado no altar.

- Vara com pomba -

Usado em todas as coroações de rainhas consortes desde 1685, esta pequena vara de marfim arrematada por uma pomba será segurada por Camilla durante a cerimônia, apesar dos apelos para não usá-la para se opor ao comércio de marfim.

- Unção -

Este objeto de ouro em forma de águia com as asas abertas contém o óleo usado na unção, considerado o momento mais sagrado da coroação.

O arcebispo de Canterbury derrama o óleo em uma colher antes de ungir o rei.

Sua forma vem de uma lenda, segundo a qual a Virgem Maria apareceu para São Tomás Becket e deu-lhe uma águia dourada e uma frasco de óleo para a unção dos futuros reis de Inglaterra.

- Esporas -

Esporas de ouro, um símbolo de cavalaria, são usadas desde a coroação de Ricardo Coração de Leão em 1189. Elas são amarradas aos tornozelos dos soberanos. As que serão usadas por Charles foram criadas em 1661.

- Trono do rei Edward -

Conhecido como a "cadeira da coroação", este trono de carvalho de 2 metros de altura foi encomendado por Edward I em 1300 e tem sido a peça central da coroação por mais de 700 anos.

Originalmente abrigava a "pedra do destino", que simbolizava a monarquia escocesa e que Edward I trouxe da Escócia como despojos de guerra.

Roubada brevemente por estudantes escoceses em 1950, a pedra foi devolvida, simbolicamente, à Escócia em 1996, no auge do movimento de independência. Mas volta para Westminster para as coroações.

- Cruz de Gales -

Outro símbolo do poder espiritual do rei, esta cruz de prata contém fragmentos que, segundo o Vaticano, procedem da cruz em que Jesus foi crucificado e que foram dados como presente pelo Papa Francisco para a coroação de Charles III.

Esses fragmentos foram transformados em uma pequena cruz que aparece atrás de um cristal de rocha rosa.

A cruz galesa vai liderar a procissão da coroação, que levará o recém-coroado rei da Abadia de Westminster até o Palácio de Buckingham.

- Duas carruagens -

Carlos e Camilla usarão apenas a tradicional carruagem de Estado dourada de 1762 em seu retorno a Buckingham. Tem sido usado em todas as coroações desde 1831.

Em sua coroação, Elizabeth II fez o percurso de ida e volta nessa carruagem e descreveu a experiência como "horrível" por seu desconforto.

A carruagem pesa quatro toneladas e tem sete metros de comprimento.

Na ida, Charles e Camilla optaram pela carruagem do jubileu de diamante, inaugurada em 2014. O veículo é moderno e confortável como um carro, mas puxado por cavalos.


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