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Estado de Minas NOVA YORK

JPMorgan comprará First Republic Bank, após embargo de autoridades dos EUA


01/05/2023 13:58

As autoridades financeiras americanas anunciaram, nesta segunda-feira (1), ter tomado posse do banco californiano First Republic Bank e que o mesmo será adquirido em sua maioria pela instituição JPMorgan Chase, com o objetivo de pôr fim a uma crise bancária que começou em março.

O First Republic Bank, com sede em San Francisco, está sob forte pressão após as quebras, em março, dos bancos regionais Silicon Valley Bank e Signature Bank, que despertaram o temor de um contágio para o restante do sistema bancário, sacudindo os mercados financeiros.

Este é o segundo maior banco em termos de ativos a colapsar na história dos Estados Unidos, após a quebra do Washington Mutual, em 2008, excluindo bancos de investimentos, como o Lehman Brothers.

O First Republic não conseguiu apresentar um plano de resgate viável e na semana passada revelou ter perdido mais de 100 bilhões de dólares (cerca de 500 bilhões de reais na cotação atual) em depósitos no primeiro trimestre, fazendo suas ações despencarem.

Depois que o banco não conseguiu apresentar um plano de resgate satisfatório e suas ações caíram em queda livre, as autoridades intervieram e pediram ofertas de compradores em potencial na semana passada.

Como parte do acordo alcançado na madrugada desta segunda, o regulador do estado da Califórnia nomeou a Corporação Federal de Seguros de Depósitos (FDIC), uma agência encarregada de garantir os depósitos bancários, como a administradora do First Republic, que será imediatamente vendido ao JPMOrgan Chase.

O acordo significa que o JPMorgan, o maior banco dos Estados Unidos, vai recuperar todos os depósitos do First Republic, assim como quase todos os seus ativos, segundo comunicado da FDIC.

A agência federal calcula que terá que pagar cerca de 13 bilhões de dólares (cerca de 65 bilhões de reais, na cotação atual) para cobrir as perdas do First Republic, mas as 84 sucursais do banco poderão reabrir nesta segunda, como de costume.

"Nosso governo convidou a nós e a outros a dar um passo adiante e o fizemos", declarou, em nota, Jamie Dimon, diretor-executivo do JPMOrgan, após o anúncio do acordo.

Wall Street abriu em estabilidade nesta segunda, após a notícia.

"Esperemos que isso ajude a estabilizar tudo", disse Dimon em coletiva de imprensa por telefone com jornalistas antes da abertura do mercado de valores americano.

- Bola de neve -

O embargo e a venda do First Republic pelo governo ocorre dois meses depois da liquidação do Silvergate Bank, um dos bancos favoritos das criptomoedas, e da pulverização do Silicon Valley Bank (SVB), depois de assumir um risco excessivo de taxa de juros.

O Signature Bank, com sede em Nova York, também fechou dias depois do SVB.

Estas quebras provocaram um efeito de bola de neve pelo alarme gerado entre os investidores, que temiam pela saúde do setor bancário nos Estados Unidos e na Europa.

Em meio a turbulências na bolsa, o gigante bancário suíço Credit Suisse se tornou uma vítima de alto perfil, quando, após sofrer um tombo na bolsa, foi obrigado pelos reguladores a se fundir com seu concorrente, o UBS.

Para evitar um novo colapso bancário, as autoridades chegaram a um acordo com 11 bancos importantes em março para estender um salva-vidas de 30 bilhões de dólares ao Firs Republic.

Mas isto não foi suficiente para tranquilizar os investidores.

No fechamento na sexta-feira, o First Republic tinha um valor de apenas 654 milhões de dólares (cerca de R$ 3,2 bilhões), abaixo dos mais de 20 bilhões de dólares (R$ 100 bilhões) no começo do ano e dos 40 bilhões de dólares (US$ 200 bilhões) em seu ponto máximo, em novembro de 2021.

Com ativos de 233 bilhões de dólares (1,16 trilhão de reais) no fim de março, o First Republic é o segundo maior banco a cair na história dos Estados Unidos, excluindo os bancos de investimentos, como Lehman Brothers, depois da quebra do Washington Mutual durante a crise financeira de 2008.

O Washington Mutual também foi adquirido pelo JPMorgan, o maior banco dos Estados Unidos.

Pouco depois do anúncio do controle do First Republic, o Tesouro dos Estados Unidos buscou dissipar as preocupações.

"O sistema bancário continua sendo sólido e resiliente, e os americanos deveriam se sentir confiantes na segurança e seus depósitos e na capacidade do sistema bancário em cumprir sua função essencial de proporcionar crédito a empresas e famílias", disse um porta-voz do Tesouro.


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