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Estado de Minas AMSTERDÃ

Manifestantes interrompem discurso de Macron na Holanda


11/04/2023 14:49

Um grupo de manifestantes interrompeu o discurso do presidente francês, Emmanuel Macron, nesta terça-feira (11), em Haia, no primeiro dia de sua visita de Estado à Holanda.

Quando estava prestes a fazer um pronunciamento sobre o futuro da Europa, Macron foi interrompido por gritos.

Das arquibancadas, manifestantes entoavam "onde está a democracia francesa?" e "a convenção do clima não é respeitada". Eles também carregavam uma faixa com a frase "Presidente da Violência e Hipocrisia" em inglês.

O mandatário francês enfrenta uma onda de protestos contra a reforma da Previdência em seu país, que busca aumentar a idade da aposentadoria de 62 para 64 anos.

Durante seu discurso, que durou cerca de 30 minutos, Macron defendeu uma maior autonomia econômica da Europa e insistiu na necessidade de reforçar a competitividade do continente por meio de reformas.

Ele também abordou a falta de competitividade no setor industrial, que descreveu como "tabu".

"Precisamos dessa política industrial, porque nossos concorrentes interferem no mercado" europeu, enfatizou, pedindo um aumento dos subsídios.

O presidente francês defendeu, recentemente, a "autonomia estratégica" da União Europeia frente à China e aos Estados Unidos, após uma viagem a Pequim.

Suas declarações geraram polêmica e obrigaram um de seus amigos próximos, o eurodeputado Stéphane Séjourné, a reforçar que a França não permaneceu "equidistante" entre Pequim e Washington, mas "obviamente" é aliada dos Estados Unidos.

Na Holanda para uma visita de Estado de dois dias, Macron e sua esposa, Brigitte, foram recebidos com honras militares e hinos nacionais nesta manhã, no Palácio Real de Amsterdã, pelo rei, Willem-Alexander, e sua esposa, Maxima.

Após a recepção e um almoço privado, o casal real oferecerá um jantar de Estado nesta terça-feira.

Sua passagem pelo país, logo após retornar de Pequim, marca a aproximação das relações da França com a Holanda, sobretudo, considerando-se o bom relacionamento pessoal de Macron com o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte.

Os países do Leste Europeu, que permanecem muito próximos à Otan e à proteção dos Estados Unidos, olham com desconfiança para este movimento, enquanto Paris insiste em que ele é complementar à Aliança Atlântica.


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