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Estado de Minas CRANSTON

A solitária disputa do republicano aspirante à presidência dos EUA


29/03/2023 10:24

Diferentemente de outros candidatos republicanos à presidência dos Estados Unidos em 2024, Steve Laffey se mostra, até o momento, solitário em sua disputa: ele dirige seu próprio carro, faz sua maquiagem antes de aparecer na televisão local e ainda não recebeu nenhum apoio.

Entre seus adversários políticos como Donald Trump, ex-presidente dos EUA, ou Nikki Haley, ex-embaixadora na ONU, Laffey tem no currículo o singelo título de prefeito de Cranston, cidade de 82 mil habitantes no estado de Rhode Island (nordeste).

"Sou o único estranho", diz ele sobre a primária de candidatos do Partido Republicano, que provavelmente também incluirá o governador da Flórida, Ron DeSantis, e o ex-vice-presidente Mike Pence.

Laffey é um ex-executivo financeiro de 61 anos que tem seis filhos e mora em uma fazenda cercada por vacas e galinhas no Colorado.

O aspirante à presidência conta que não assiste aos noticiários.

"Pego os dados brutos da Reserva Federal e conto a eles o que está acontecendo", afirma.

Sem assessor político e escrevendo ele próprio os seus discursos, o aspirante conta com a ajuda do filho de 15 anos para impulsionar sua candidatura nas redes sociais.

"É difícil, muito difícil", diz à AFP sobre a competição de adversários mais conhecidos, com mais recursos e mais apoios. No entanto, ele segue a velha tradição de conversar com os eleitores nas ruas de sua cidade.

- Urnas -

Um dia de campanha no pequeno estado de Rhode Island começa com um desfile de três de seus filhos e alguns velhos conhecidos carregando faixas onde se lê "Laffey 2024 - Consertando os EUA" (Laffey 2024 - Fixing the USA, em inglês), em um cruzamento movimentado.

O candidato também segura uma placa se identificando.

"Eles fizeram isso comigo quando concorri a prefeito porque ninguém sabia quem eu era", explica, relembrando seu mandato entre 2003 e 2007 como prefeito de Cranston, sua cidade natal.

Ele espera ganhar projeção ao cenário nacional.

"Se eu conseguir participar de um debate, a vida de muita gente vai mudar", diz o candidato cujas pesquisas lhe dão zero chances.

Laffey defende a responsabilidade fiscal, a reforma da Previdência Social e o fechamento do sistema público de ensino, que diz estar falido.

Criado em uma família de classe média baixa, ele frequentou a Harvard Business School antes de se tornar um investidor de sucesso.

Seu irmão mais velho morreu de aids e outros dois sofreram de esquizofrenia.

Laffey educou seus três filhos mais novos em casa depois que uma de suas filhas foi diagnosticada com câncer.

"Sou muito mais identificável" do que outros candidatos, diz ele.

"Ele é um bom homem. E é uma boa história americana", diz Ed Curran, um amigo da escola que apoia a candidatura.

- China -

Depois de uma rápida parada nos estúdios da NBC 10 para uma entrevista, Laffey segue para um restaurante onde cerca de 40 pessoas o ouvem falar por uma hora sobre tópicos que vão desde a dívida federal (muito alta) até o alto custo de medicamentos prescritos.

Se eleito, promete interromper todo o comércio com a China e obrigar o México a acabar com o tráfico de fentanil para os Estados Unidos.

"Não é todo dia que alguém de Rhode Island concorre à presidência", afirma Anthony D'Ellena. "Suas respostas foram boas. Eu realmente espero que ele vá longe", diz o jovem de 19 anos.

Ao concorrer sem sucesso nas eleições para o Senado, em 2006, e para a Câmara dos Representantes, em 2014, ele considera que terá vencido "se em seis meses você ouvir alguém dizer: 'Aquele Laffey tem razão'", afirma.

Qualquer pessoa pode concorrer à presidência dos Estados Unidos desde que tenha nascido no país, tenha 35 anos ou mais e resida em solo americano há pelo menos 14 anos.


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