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Estado de Minas BARCELONA

Separatista catalã volta à Espanha após cinco anos no exterior


28/03/2023 19:37

Clara Ponsatí, a separatista catalã que estava no exterior há cinco anos, voltou de surpresa nesta terça-feira (28) à Espanha, onde permanece em liberdade após comparecer a um tribunal.

Ponsatí, 66 anos, não corria risco de ser presa graças a uma recente reforma do Código Penal.

O juiz de instrução do caso concedeu a Ponsatí "liberdade condicional" e a convocou para comparecer perante o Supremo Tribunal de Madri em 24 de abril para "notificá-la de seu processo por crime de desobediência", indicou um comunicado de imprensa do tribunal.

Após a sua chegada surpresa a Barcelona, Ponsatí concedeu um coletiva de imprensa, na qual afirmou que o seu regresso se devia ao desejo de "denunciar a sistemática violação dos [seus] direitos".

Pouco depois da conversa com os jornalistas, a independentista, com um mandado de prisão contra ela, foi levada pela polícia a um tribunal da capital catalã, informou o órgão de segurança à AFP.

Ponsatí, que conta com imunidade por sua condição de deputada do Parlamento Europeu, tinha a obrigação de se apresentar perante a justiça para informar que se encontrava em território espanhol. No entanto, na coletiva de imprensa, ela afirmou que não o faria de maneira voluntária.

"Se me prenderem, terão que lidar com as consequências", ameaçou.

- "Detenção ilegal" -

Durante as cinco horas que Ponsatí passou no tribunal, centenas de pessoas com bandeiras pró-independência se reuniram em frente ao prédio para mostrar seu apoio.

Principal figura do movimento separatista catalão, o ex-presidente da Catalunha Carles Puigdemont, que mora na Bélgica, denunciou a "detenção ilegal" de Ponsatí no Twitter.

O atual presidente regional da Catalunha, o secessionista Pere Aragonés, comemorou a volta de Ponsatí em um comunicado, mas disse que o fato de ela ter sido levada a um tribunal "deixa mais uma vez evidente que a repressão contra o movimento de independência continua".

Mediante uma controversa reforma do governo do socialista Pedro Sánchez, que conta no Congresso com o apoio de parte dos independentistas catalães, eliminou-se do Código Penal o crime de sedição, do qual Ponsatí e outros separatistas eram acusados.

Agora, Ponsatí é acusada apenas por desobediência por seu papel na tentativa frustrada de independência da Catalunha em 2017, um delito que não é passível de punição com a prisão.

Como Puigdemont, Ponsati foi para o exterior após a tentativa de secessão, que resultou na pior crise política que a Espanha experimentou em décadas.

Essa ex-encarregada da Educação no governo regional de Puidgemont foi primeiro para a Bélgica e depois para a Escócia, onde lecionou economia na Universidade de St. Andrews.

A justiça espanhola pediu sem sucesso sua extradição, até que a justiça escocesa arquivou o processo em agosto de 2021, quando Ponsatí foi para a Bélgica, após sua eleição para o Parlamento Europeu.


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