"Vim (...) denunciar a violação sistemática dos nossos direitos", disse Ponsatí em uma coletiva de imprensa em Barcelona, horas depois de ter chegado cruzando de carro a fronteira com a França.
Mediante uma controversa reforma do governo do socialista Pedro Sánchez, que conta no Congresso com o apoio de parte dos independentistas catalães, eliminou-se do Código Penal o crime de sedição, do qual Ponsatí e outros separatistas eram acusados.
Ponsatí, que também conta com imunidade por sua condição de deputada do Parlamento Europeu, agora é acusada apenas por desobediência por seu papel na tentativa frustrada de independência da Catalunha em 2017, um delito que não é passível de punição com a prisão.
Porém, como a justiça espanhola mantém uma ordem de captura contra ela, precisa se apresentar perante a justiça para ser indiciada, o que ela se nega a fazer.
"Se me prenderem, terão que lidar com as consequências", disse, em tom desafiador, assegurando que vai utilizar "todas as vias legais para defender [seus] direitos políticos".
Assim como Carles Puidgemont, principal expoente do movimento separatista catalão, Ponsatí se exilou no exterior após o fracasso de outubro de 2017 da tentativa de secessão da Catalunha, a pior crise política que a Espanha viveu em décadas.
Essa ex-encarregada da Educação no governo regional de Puidgemont foi primeiro para a Bélgica e depois para a Escócia, onde lecionou economia na Universidade de St. Andrews.
A justiça espanhola pediu sem sucesso sua extradição, até que a justiça escocesa arquivou o processo em agosto de 2021, quando Ponsatí foi para a Bélgica, após sua eleição para o Parlamento Europeu.
BARCELONA