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Estado de Minas MOSCOU

Exportações de petróleo da Rússia para a Índia multiplicaram por 22 no ano passado


28/03/2023 07:48

A Rússia anunciou nesta terça-feira (28) que suas exportações de petróleo para a Índia multiplicaram por 22 em 2022, um sinal da reorientação de sua economia para os gigantes asiáticos em meio ao conflito na Ucrânia.

"A maior parte dos nossos recursos energéticos foram redirecionados para outros mercados, mercados de países amigos. Se tomarmos, por exemplo, as entregas de petróleo à Índia, estas se multiplicaram por 22 no ano passado", disse o vice-primeiro-ministro responsável pela Energia, Alexander Novak.

"Os fornecimentos para a República Popular da China e outros mercados também aumentaram. É o resultado do magnífico trabalho de toda a indústria", acrescentou Novak, citado pelas agências de notícias russas.

Atingida por duras sanções econômicas ocidentais e embargos de hidrocarbonetos por sua repressão à Ucrânia, a Rússia está tentando redirecionar suas exportações de petróleo e gás para outros países, especialmente na Ásia.

Índia e China, com seu apetite insaciável por energia, estão no primeiro lugar entre os países com os quais Moscou busca compensar contratos perdidos na Europa.

Em uma reunião de cúpula na semana passada em Moscou com o presidente chinês Xi Jinping, seu homólogo russo Vladimir Putin disse que foi alcançado um acordo para construir o gigantesco gasoduto Força 2 da Sibéria, com capacidade de 50 bilhões de metros cúbicos por ano.

Mas enquanto a Ásia permitiu que a Rússia compensasse parcialmente os mercados perdidos na Europa, sua dependência dos pesos pesados asiáticos permite que China e Índia negociem com preços baixos.

No quarto trimestre de 2022, China, Índia e Turquia responderam por dois terços das exportações de petróleo da Rússia, de acordo com a Associação de Grandes Bancos e Instituições Financeiras Mundiais (IIF).

Por isso a Rússia implementa constantes esforços para ampliar seus horizontes: nesta terça-feira, Novak destacou a urgência de alcançar "novos mercados na Ásia-Pacífico, América Latina e Ásia Central", citando ainda "o Ártico".

Isso requer "agir enquanto o ferro está quente", estabelecendo "cadeias de abastecimento com a formação ininterrupta de uma frota de petroleiros e a criação de instrumentos de pagamento", acrescentou Novak.


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