"A Bolívia propõe um diálogo entre todos os países envolvidos na migração de nossa região, abordando o tema migratório sob a perspectiva da defesa e do respeito à vida", disse o presidente Luis Arce em um discurso por ocasião do "Dia do Mar", data que reforça a defesa de seus territórios na guerra contra o Chile no final do século XIX.
Arce acolheu a ideia do Chile de resolver conjuntamente o problema.
Na semana passada, o presidente chileno, Gabriel Boric, propôs uma reunião com governantes "amigos" da região para discutir este assunto, que tem tensionado as relações entre Santiago e os governos da Bolívia e da Venezuela.
De acordo com a Presidência chilena, o encontro ocorrerá no âmbito da Cúpula Ibero-Americana, que acontecerá na República Dominicana em 25 de março.
O governo chileno deslocou militares para sua fronteira norte na tentativa de controlar o fluxo de migrantes, cuja maioria chega da Bolívia. Segundo Boric, nem La Paz nem Caracas estão recebendo os cidadãos que o Chile quer devolver.
No ano passado, apenas por Colchane, 21.553 pessoas entraram no Chile de forma irregular a partir da Bolívia, de acordo com números oficiais.
LA PAZ