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Estado de Minas LONDRES

Mercados financeiros voltam a cair após colapso do Credit Suisse


17/03/2023 15:45

Os mercados voltaram a operar com perdas nesta sexta-feira (17) na Europa, depois que um novo colapso do Credit Suisse devastou o otimismo do início do dia.

Apesar das várias tentativas de acalmar os investidores tanto nos Estados Unidos quanto na Europa após uma série de falências de bancos americanos, os mercados seguem nervosos e voláteis.

A Bolsa de Valores de Paris perdeu 1,43%; Frankfurt, 1,33% e Londres atingiu 1,01% no fechamento. Milão teve uma queda de 1,64% e Madrid, 2,01%.

No setor bancário, as ações do Credit Suisse sofreram uma queda de 8,01%, na semana em que teve uma perda total de um quarto de seu valor de mercado.

- Otimismo volátil -

As expectativas colocadas sobre os 'firewalls' para ajudar os bancos impulsionaram as negociações na Ásia e o início da sessão na Europa, mas o declínio persistente do mercado de ações do Credit Suisse reverteu a tendência.

O banco já registrou quedas espetaculares no mercado de ações esta semana e, devido aos temores sobre o setor bancário, recebeu um resgate do banco central suíço para reforçar sua liquidez.

Em Wall Street, ao meio-dia (13h no horário de Brasília), Dow Jones caiu 1%, Nasdaq, 0,81% e o índice S%P 500, 1,04%.

Depois de uma semana turbulenta, 11 gigantes bancários dos Estados Unidos prometeram na quinta-feira resgatar o First Republic, acalmando os temores de outra falência após o colapso do Silicon Valley Bank, Signature Bank e Silvergate na semana passada.

A notícia foi celebrada pelo Federal Reserve (Fed, banco central), pelo Tesouro dos Estados Unidos e pelas agências reguladoras, em um momento de receio por parte dos investidores de um risco de contágio a outras entidades bancárias.

Nesta sexta-feira, o presidente americano, Joe Biden, criticou executivos de bancos, pedindo ao Congresso que seja "mais duro" com os dirigentes para garantir que "ninguém esteja acima da lei".

"O Congresso deve agir para impor penalidades mais duras aos altos executivos de bancos cuja má gestão contribuiu para a falência de suas instituições", disse ele em um comunicado.

- Injeção de liquidez -

Um indício do estresse financeiro é que os bancos americanos pegaram empréstimos de US$ 164,8 bilhões (cerca de R$ 871,5 bilhões no câmbio atual) de duas linhas de crédito do Fed nos últimos dias, segundo a agência financeira Bloomberg.

Apesar dos 'firewalls' em vigor, as ações da First Republic caíram 26% às 14h (no horário de Brasília), na Bolsa de Valores de Nova York.

O Banco Central Europeu (BCE) convocou uma reunião do órgão de supervisão bancária da zona do euro nesta sexta-feira para "trocar pontos de vista" sobre o setor bancário após a turbulência dos últimos dias, disse uma fonte à AFP.

O presidente do Banco Central francês, François Villeroy de Galhau, afirmou à rede BFM Business que "os bancos franceses e europeus são extremamente sólidos".

"Os bancos europeus não estão na mesma situação que alguns bancos americanos por uma razão muito simples, eles não estão sujeitos às mesmas regras", disse ele.

Em um delicado equilíbrio entre combater a inflação e ajudar o crescimento, o BCE reafirmou sua determinação em conter o aumento dos preços, com uma alta de 0,5% nas taxas de juros.

A instituição europeia absteve-se de antecipar seus próximos passos, aguardando novos indicadores.

"O BCE está deixando todas as suas opções em aberto, aguardando decisões do Federal Reserve e do Banco da Inglaterra na próxima semana", disse Axel Botte, analista da Ostrum AM.

Nesse contexto, os investidores acompanharão de perto a divulgação dos próximos indicadores para projetar qual será o calendário do Fed, que decidirá sobre suas taxas na próxima quarta-feira.


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