Coautor deste estudo divulgado por quatro organizações, Houssam al-Nahhas destacou que os "doze anos de impunidade por ataques à assistência médica exacerbaram uma crise na saúde sexual e reprodutiva na Síria".
O relatório foi possível graças à ajuda de várias organizações, entre elas o Comitê Internacional de Resgate (IRC, na sigla em inglês) e a Physicians for Human Rights.
"O direito fundamental à saúde - incluindo poder dar à luz com segurança, trazer uma nova vida ao mundo - tem sido violado rotineiramente no noroeste da Síria, onde muitas bombas caíram sobre hospitais", acrescentou.
Responsável pela morte de milhares de pessoas no mês passado, o terremoto na Turquia e na Síria acelerou "o colapso do frágil sistema de saúde" na região, destaca o texto.
Um aumento dos deslocamentos e os danos na precária infraestrutura de saúde "provavelmente terão um impacto em cerca de 148.000 mulheres grávidas, das quais 37.000 darão à luz nos próximos três meses", detalha o relatório com base em dados da ONU.
Para a representante da Síria no IRC, Tanya Evans, o estudo mostra "o impacto desproporcional que o conflito continua tendo sobre mulheres e meninas no noroeste da Síria".
BEIRUTE