"Embora tenha havido muitos atos de heroísmo em meio ao sofrimento, testemunhamos o fracasso do governo e da comunidade internacional, incluindo as Nações Unidas, em enviar rapidamente ajuda vital aos sírios", disse o presidente da Comissão, o brasileiro Paulo Pinheiro, em comunicado divulgado por ocasião da publicação de um novo relatório.
"Eles falharam em chegar a um acordo sobre uma pausa imediata nas hostilidades. Eles falharam em facilitar o transporte de ajuda vital por todas as rotas disponíveis", acusou a Comissão.
O tremor de magnitude 7,8, seguido por outro de magnitude 7,6 nove horas depois, matou cerca de 46.000 pessoas e feriu 105.000 na Turquia, segundo estimativas não definitivas.
Cerca de 6.000 pessoas também perderam a vida na Síria, segundo as autoridades.
Os Estados Unidos e a União Europeia afrouxaram as sanções impostas à Síria, que por sua vez autorizou a ONU a abrir outras passagens de fronteira para encaminhar a ajuda.
Mas a Comissão acusa o governo sírio e o exército de terem "impedido a ajuda transfronteiriça às comunidades afetadas" e o grupo jihadista Hayat Tahrir al-Cham (noroeste da Síria) de ter "rejeitado a ajuda do governo sírio".
GENEBRA