Vários navios foram enviados na sexta-feira para ajudar três embarcações que transportavam centenas de migrantes, detectadas no Mediterrâneo central, a rota migratória mais perigosa do mundo.
Na madrugada de sábado, 487 migrantes foram transportados sãos e salvos até o porto de Crotone, segundo as equipes de emergência. Vídeos da Guarda Costeira, divulgados na sexta-feira, mostravam parte deles no convés de um grande pesqueiro em um mar agitado.
Outra operação resgatou 584 migrantes com um navio da Guarda Costeira. A agência de notícias Ansa informou que a embarcação atracou no porto de Regio Calabria, cidade do sul da Itália.
Uma terceira embarcação com 379 pessoas foi resgatada por dois barcos de patrulha da Guarda Costeira e os migrantes foram transferidos para um navio da Marinha e seguiam para o porto siciliano de Augusta.
As operações de resgate foram realizadas quando três novos corpos -duas meninas de menos de 10 anos e um homem- foram descobertos do naufrágio que aconteceu há quase duas semanas na costa de Crotone, sul do país. O número total de vítimas agora é de 76.
A justiça abriu uma investigação sobre a tragédia, em particular para tentar explicar a demora na chegada das equipes de emergência.
O naufrágio provocou uma grande comoção na Itália e críticas duras ao governo de extrema-direita da primeira-ministra Giorgia Meloni, que adotou uma linha dura anti-imigração.
De acordo com o ministério do Interior, 17.592 pessoas chegaram pelo Mediterrâneo à Itália desde 1º de janeiro, contra 5.976 no mesmo período em 2022 e 5.995 em 2021, ou seja, quase o triplo.
De acordo com a Frontex (Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira), o número de chegadas de migrantes pela rota central do Mediterrâneo aumentou 116% em janeiro e fevereiro, na comparação com 2022.
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ROMA
Guarda Costeira italiana resgata mais de 1.300 migrantes no Mediterrâneo
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