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Estado de Minas WASHINGTON

Powell adverte que juros podem subir mais do que o previsto nos EUA


07/03/2023 17:59

A taxa básica de juros do Federal Reserve (Fed), em elevação há um ano para tentar conter a inflação, pode aumentar além do ponto de parada esperado, de 5,1%, advertiu, nesta terça-feira (7), o presidente do banco central americano, Jerome Powell.

"Os dados econômicos mais recentes são mais sólidos do que o esperado, o que sugere que o nível final da taxa pode ser mais alto do que o previsto", disse Powell a um comitê do Senado.

O Fed irá atualizar suas previsões econômicas nos próximos dias 21 e 22, em sua próxima reunião de política monetária.

Depois de várias fortes altas dos juros, o Fed começou a moderar os aumentos, que buscam desaquecer a economia por meio de uma redução do consumo e do investimento, ao encarecer o crédito. Em sua última reunião, no mês passado, o BC americano aprovou um aumento de um quarto de ponto, cifra considerada padrão pelo mercado.

Mas, segundo Powell, essa tendência pode voltar a mudar. "Se todos os dados indicam que um ajuste mais rápido se justifica, estaríamos dispostos a aumentar o ritmo de aumento dos juros", disse ele aos congressistas.

A taxa está em 4,5%-4,7%, contra 0%-0,25% durante a pandemia, quando o Fed buscava impulsionar a demanda. "Embora a inflação tenha se moderado nos últimos meses, o processo de redução para 2% será longo", acrescentou o titular do banco central.

A força do mercado de trabalho, o gasto dos consumidores, a produção industrial e os dados de inflação de janeiro deram conta de uma reversão parcial da tendência, possivelmente devido ao clima excepcionalmente favorável em janeiro, arriscou Powell.

- Força econômica -

Em reação aos comentários de Powell, Wall Street, que abriu em compasso de espera, operava em baixa. Segundo o índice PCE, o preferido do Fed, a inflação em 12 meses subiu para 5,4% em janeiro, levemente acima do registrado em dezembro (5,3%).

O índice de preços ao consumidor (CPI, sigla em inglês) teve leve queda, para 6,4% em 12 meses em janeiro, em comparação com 6,5% no ano encerrado em dezembro. Já na comparação mês a mês, os Estados Unidos registraram um aumento de preços pela primeira vez desde setembro, de 0,5% em relação ao último mês de 2022.

A taxa de desemprego também mostra a força da maior economia do mundo, situando-se em 3,4%, o menor índice em mais de 50 anos. Os salários em alta impulsionam a demanda e as altas de preços.

"Manteremos a rota até que o trabalho seja concluído", reforçou Powell.


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