Um homem foi executado na noite de quarta-feira (1º) pelo assassinato de um policial no estado do Texas, no sul dos Estados Unidos, apesar das suspeitas de racismo que afetaram seu julgamento.
Wesley Ruiz, um latino-americano de 43 anos condenado à pena capital, recebeu uma injeção letal na Penitenciária de Huntsville. Ele foi declarado morto às 18H41 (21H41 de Brasília).
No final da perseguição, ele atirou contra o policial Mark Nix, que tentava quebrar o vidro de seu carro com seu cassetete. A bala acabou matando o agente.
"Quero pedir desculpas a Mark e à família Nix (...) Quero dizer à minha família e amigos em todo o mundo, obrigado pelo apoio. Aos meus filhos, fiquem firmes e continuem me deixando orgulhoso. Não se preocupem comigo, eu vou ficar bem", afirmou em sua última declaração.
"Estou pronto para partir", concluiu Ruiz, antes de receber a injeção, informou o Departamento de Justiça Criminal do Texas em um comunicado.
Durante o julgamento, Wesley Ruiz afirmou que sentiu medo por sua vida durante a perseguição policial atirou em um ato de "legítima defesa", segundo a imprensa local. Os jurados ainda assim o condenaram à pena de morte.
Nos anos seguintes, seus advogados apresentaram, sem sucesso, vários recursos para contestar a sentença.
Com a proximidade da data da execução, apresentaram uma apelação urgente argumentando que os jurados se basearam em elementos "abertamente racistas" e "estereótipos claramente hostis contra os latinos" ao avaliar a periculosidade de Ruiz.
Seu recurso foi negado em primeira instância e depois enviado para a Suprema Corte, que não se pronunciou no último momento para suspender a execução.
Wesley Ruiz também foi incluído em um processo movido por vários presidiários no corredor da morte no Texas, que acusam os serviços penitenciários estaduais de prorrogar as datas de validade de substâncias letais usadas em execuções.