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Estado de Minas DOHA

Argentina e França fazem duelo da paixão contra a solidez na final da Copa


17/12/2022 11:19
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Argentina e França lutam pelo terceiro título mundial neste domingo (18) no majestoso estádio Lusail, numa final em que a liderança 'maradoniana' de Lionel Messi ameaça uma sólida atual campeã, dizimada por um vírus, mas embalada por Kylian Mbappé.

Domingo, dia nacional do Catar, dois dos três astros do Paris Saint-Germain - Neymar foi eliminado nas quartas - estarão frente a frente para levantar a taça mais importante do futebol por suas seleções.

- Trajetórias opostas no Catar -

Para Messi, faltam 90 minutos para finalmente conseguir o título que falta em sua carreira e suceder Diego Maradona, que no Mundial de 1986 colocou a segunda estrela no peito da 'Albiceleste'.

A França também luta pela terceira. Renovar o título de quatro anos atrás seria igualar um feito do Brasil de Pelé, segunda e última equipe que conseguiu dois títulos consecutivos, em 1958 e 1962.

Seria a perfeita continuação de um ciclo vencedor, iniciado com o título de 1998. No domingo, os franceses jogarão sua quarta final nas últimas sete edições do torneio.

Argentina e França repetem o duelo de oitavas de final de 2018, que terminou com vitória dos 'Bleus' por 4 a 3, em um dos melhores jogos da competição.

No Catar, suas trajetórias foram opostas. A França se destacou desde o primeiro dia por sua consistência, apesar de sua enorme lista de desfalques, entre eles o Bola de Ouro Karim Benzema.

A 'Albiceleste' chegava motivada com sua sequência de 36 jogos de invencibilidade e tropeçou na estreia contra a Arábia Saudita (2 a 1), o que a fez disputar cinco 'finais' até chegar à decisão definitiva.

"Foi um caminho difícil, mas dissemos, depois da Arábia, que não iríamos deixar o país em más condições e que iríamos dar tudo para chegar a uma final de Copa do Mundo. Agora estamos a um passo" do título, disse neste sábado o goleiro argentino Emiliano Martínez.

Mas agora, tão perto da glória, pouco importa o que passou. A equipe comandada por Lionel Scaloni conquistou solidez com suor e sofrimento, com um Messi decisivo, autor de cinco gols, escoltado por Julián Álvarez, uma das revelações do Mundial, que tem quatro.

O ataque francês tem o mesmo balanço. Mbappé divide a artilharia do torneio com o camisa 10 argentino e os mesmos cinco gols, enquanto Olivier Giroud tem quatro. Ambos são servidos por Antoine Griezmann, que na campanha assumiu o papel de armador da equipe.

"A França não é só Mbappé, além do fato de ser um grande jogador. Há outros jogadores que o abastecem e o tornam ainda melhor", advertiu Scaloni.

As preocupações do técnico Didier Deschamps estão no departamento médico. A "síndrome viral" que circula na concentração da França tirou dos treinos Kingsley Coman, Ibrahima Konaté e Raphaël Varane. Já Theo Hernandez e Aurélien Tchouaméni ficaram fora das atividades por lesão.

"Não vou entrar nos detalhes. Tentamos tomar o máximo de precaução. Se não tivéssemos o vírus, seria melhor, mas administramos como podemos", disse Deschamps neste sábado.

- Di María titular? -

No time argentino, parece que Ángel Di María, que sofreu uma lesão nas oitavas de final, contra a Austrália (2 a 1), está em condições de ser titular, por isso Scaloni tem seus 26 jogadores disponíveis.

"A escalação que vamos usar amanhã será a que acreditamos que pode fazer mais danos no adversário", disse o técnico argentino.

Mas ainda é difícil prever o time que vai a campo na final. "Aqui eles jogaram com sistemas diferentes e jogadores diferentes. Na final podem fazer algo novo", avisou Deschamps.

O duelo será disputado no estádio Lusail, que virou casa da 'Albiceleste' em Doha. Lá o time perdeu na estreia para a Arábia Saudita, lodo depois se recuperou contra o México (2 a 0), venceu a Holanda nos pênaltis nas quartas (2 a 2, 4-3) e comemorou a classificação para a decisão nas sobre a Croácia (3 a 0).

No domingo, uma onda de torcedores argentinos deve tomar conta do palco da final, com capacidade para 90 mil pessoas. "Espero um ambiente festivo, o povo argentino é apaixonado, mas os adversários estarão no campo e não nas arquibancadas", lembrou Deschamps.


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