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Estado de Minas COVID-19

China diz que é impossível rastrear contágios de COVID-19

Autoridades de saúde afirmaram que rastrear casos é impossível por causa da flexibilização das medidas de prevenção


14/12/2022 09:00 - atualizado 14/12/2022 12:07

Na foto, estação de testes de COVID-19, em Pequim
Pequim e seus 22 milhões de habitantes são particularmente afetados por esta onda de contágios (foto: STR / AFP)
Os casos de coronavírus dispararam na China, mas a verdadeira dimensão das infecções é "impossível" de rastrear atualmente, admitiram as autoridades de saúde do país, que alertaram para uma rápida propagação da doença após o fim da política de tolerância zero contra a COVID-19.


Pequim e seus 22 milhões de habitantes são particularmente afetados por esta onda de contágios, sem precedentes na cidade e que se propagou a uma grande velocidade nos últimos dias.

A vice-primeira-ministra Sun Chunlan advertiu que o número de novos casos em Pequim "aumenta rapidamente", segundo a imprensa estatal.

As infecções em ritmo acelerado na capital provocam um choque na China, pois apenas uma parcela mínima dos 1,4 bilhão de habitantes do país testaram positivo para covid-19 desde o início da pandemia no final de 2019.

O país asiático flexibilizou na semana passada as restrições drásticas, após quase três anos de tentativa de erradicar o vírus por completo.

O governou decretou o fim da internação automática em centros de quarentena para pessoas que testam positivo para o vírus e interrompeu as campanhas em larga escala de testes PCR, que eram quase obrigatórios.

Como consequência, o número de pessoas que fazem testes diminuiu consideravelmente e a notificação de novos casos caiu, o que dá a falsa impressão de uma situação melhor.

 

A Comissão Nacional de Saúde afirmou, no entanto, que os dados não refletem mais a realidade.

"Muitas pessoas assintomáticas não fazem mais exames PCR, o que torna impossível determinar com precisão o número real de pessoas assintomáticas infectadas", afirma um comunicado.

A grande maioria dos chineses agora opta por testes de farmácia e muitos casos não são registrados pelas autoridades.

Mas o governo chinês parece determinado a seguir adiante com a abertura. As autoridades turísticas de Pequim anunciaram na terça-feira (13/12) a retomada das visitas em grupo dentro e fora da capital.

 

 

O país enfrenta um aumento de casos que não está completamente preparado para administrar, com milhões de idosos ainda sem esquema de vacinação completo e hospitais sem recursos para lidar com um fluxo inesperado de pacientes infectados.

Das pessoas com mais de 80 anos, apenas 66,4% estão com a vacinação (três doses) completa, segundo as autoridades de saúde. Alguns grupos de risco, especialmente as pessoas com mais de 60 anos, podem receber uma quarta dose.

Com o país seguindo o caminho da convivência com o vírus, muitas pessoas com sintomas optam por permanecer em casa em um momento em que as temperaturas chegam a 5 graus negativos. Muitas lojas interromperam as atividades porque vários funcionários estão doentes.

Os moradores de Pequim afirmam que os remédios para resfriados estão esgotados nas farmácias, onde são observadas longas filas.

Vários estabelecimentos da capital, como restaurantes, continuam exigindo um teste de PCR negativo de menos de 48 horas.

Nesta quarta-feira, um hospital de Pequim registrava fila de 50 pacientes com febre aguardando por uma consulta.

A demanda por testes de antígenos e medicamentos gerou um mercado paralelo com preços astronômicos. Alguns compradores tentam encontrar os produtos por meio de "traficantes" cujos contatos circulam nos grupos do aplicativo de mensagens WeChat.

 

 

Em uma mudança radical em um país onde estar infectado com a COVID-19 era tabu e poderia provocar discriminação, os cidadãos não hesitam em publicar nas redes sociais que testaram positivo e explicar a evolução da doença.

"Ressuscitei!", escreveu uma pessoa na rede social Xiaohongshu com uma foto de cinco testes de antígenos positivos e um negativo.


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