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Estado de Minas CARACAS

Venezuela pedirá repatriação de fundos por fraude bilionária na PDVSA


31/08/2022 17:37

A Venezuela pedirá ao Panamá e a São Vicente e Granadinas a repatriação de fundos enviados a estes países em uma fraude de 4,85 bilhões de dólares na estatal petroleira PDVSA, denunciada pelo governo, disse nesta quarta-feira (31) o ministro do Petróleo, Tareck El Aissami.

"Insistiremos em solicitar a repatriação de um dinheiro que foi roubado e não vamos renunciar jamais à defesa de nossos ativos", acrescentou o ministro em encontro com a imprensa.

Na terça-feira, El Aissami denunciou perante o Ministério Público (MP) uma "megafraude" na Petróleos da Venezuela (PDVSA), responsabilizando o ex-ministro Rafael Ramírez pelo caso.

O funcionário entregou a jornalistas nesta quarta cópias de documentos, segundo os quais a PDVSA teria feito 28 pagamentos no total de 4,85 bilhões de dólares por um crédito contraído em fevereiro de 2012 com a empresa privada Atlantic 17.107 A.C, sem que a estatal, segundo esta denúncia, tenha recebido o dinheiro do empréstimo.

Segundo a denúncia oficial, a linha de crédito foi cedida pela Atlantic aos "fundos" estrangeiros Violet Advisors S.A. e Welka Holding Limited, com sede no Panamá e São Vicente e Granadinas, respectivamente, e estes novos "credores" receberam os pagamentos entre 2012 e 2013.

Alvo de investigações por corrupção desde 2017, em uma ofensiva judicial que levou, desde então, uma centena de ex-diretores da estatal para a prisão, Rafael Ramírez chamou a denúncia de montagem.

As autoridades anunciaram na terça-feira a detenção do ex-vice-presidente de Finanças da PDVSA, Víctor Aular, por este caso.

O MP informou, em fevereiro de 2021, que emitiu um alerta vermelho da Interpol para que Ramírez fosse capturado na Itália, mas este país negou a possibilidade de extradição.

Ex-presidente da PDVSA (2004-2014) e ex-ministro do Petróleo (2002-2014), Ramírez foi um dos homens de confiança do falecido ex-presidente Hugo Chávez (1999-2014). Ele rompeu no final de 2017 com o sucessor de Chávez, Nicolás Maduro, e renunciou, então, ao cargo de embaixador da Venezuela na ONU.


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