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Estado de Minas OTTAWA

Militarização russa do Ártico é um 'desafio estratégico', diz secretário da Otan


26/08/2022 20:57

O secretário-geral da Otan, o norueguês Jens Stoltenberg, enfatizou nesta sexta-feira (26) a necessidade de fortalecer a segurança no flanco norte da aliança para se contrapor à Rússia, ao término de uma viagem ao Canadá que incluiu visitas a suas defesas no Ártico.

"O Grande Norte é estrategicamente importante para a segurança euro-atlântica", disse Stoltenberg em coletiva de imprensa em uma base aérea em Cold Lake, Alberta, ao ressaltar que, com a incorporação de Finlândia e Suécia, sete dos oito países do Ártico serão membros da Otan.

"O caminho mais curto para a América do Norte para os mísseis e atentados russos seria sobre o Polo Norte", advertiu Stoltenberg. "Isso torna o papel do NORAD vital para a América do Norte e, consequentemente, também para a Otan", acrescentou.

O NORAD é o Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte, uma organização de Estados Unidos e Canadá.

O responsável da Otan e o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, visitaram uma localidade com radares de alerta precoce da época da Guerra Fria e observaram exercícios militares canadenses no Ártico.

As capacidades da Rússia no extremo norte "são um desafio estratégico para toda a aliança", disse Stoltenberg, citando a importante presença militar da Rússia na região.

Segundo ele, isso inclui a reabertura de "centenas de posições militares no Ártico, tanto novas como da antiga era soviética", e seu uso do Grande Norte "como local de testes para as armas mais avançadas, incluídos os mísseis hipersônicos".

- Mudança climática -

Stoltenberg também manifestou preocupação com o alcance da China no Ártico para a navegação e a exploração de recursos, devido aos planos de Pequim de construir a maior frota de navios quebra-gelo do mundo.

"Pequim e Moscou se comprometeram a intensificar a cooperação prática no Ártico. Isso faz parte do aprofundamento da associação estratégica que desafia nossos valores e nossos interesses", disse Stoltenberg.

Segundo o secretário-geral, a Otan deve responder com maior presença no extremo norte e investimento em novas capacidades.

Além disso, Stoltenberg assinalou que a mudança climática apresenta novos "desafios de segurança" que requerem um replanejamento fundamental da postura da Otan no Ártico.

"A mudança climática está fazendo com que o Grande Norte seja mais importante porque o gelo está derretendo e está se tornando mais acessível, tanto para a atividade econômica como para a militar", explicou.

Trudeau, por sua vez, disse que o Canadá - que atualmente não cumpre os objetivos de gastos da Otan - substituirá em breve sua envelhecida frota de aviões de combate e modernizará suas defesas continentais em colaboração com os Estados Unidos.

Ottawa destinou bilhões de dólares para novos satélites e sensores submarinos no Ártico, e para a substituição de uma envelhecida rede de estações de radar do Alasca até Quebec que, segundo Trudeau, aumentará as capacidades do Canadá "para detectar e, de fato, dissuadir as ameaças que cheguem através do polo".


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