Um tribunal de Temuco, localizada 800 km ao sul de Santiago, determinou "20 anos de prisão em seu grau máximo" para Martín Pradenas, após condená-lo por dois crimes de estupro e cinco de abuso sexual entre os anos de 2010 e 2019 contra seis mulheres, entre elas Antonia.
O Ministério Público havia pedido 41 anos de prisão para Pradenas. "Não é justo, deram metade", protestou Marcela Parra, mãe da vítima.
Das cinco vítimas de Pradenas, três eram menores de idade, e as restantes estavam alcoolizadas. "Não podiam decidir, muito menos dar o seu consentimento", diz a sentença.
O caso de Antonia, que se suicidou três semanas após fazer a denúncia, gerou comoção no Chile, especialmente entre grupos feministas. Os fatos remontam a 18 de setembro de 2019 e foram reconstituídos com base em mensagens de WhatsApp enviadas por Antonia para amigos, nas quais contava que, após ir a uma casa noturna, acordou em uma cabana, com Pradenas em cima dela.
O caso gerou uma onda de repúdio nas redes sociais, panelaços e outros protestos em frente à residência do acusado em Temuco.
SANTIAGO