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Estado de Minas BRASÍLIA

Coração de Dom Pedro I tem recepção 'de Estado' em Brasília


23/08/2022 21:43

Militares em trajes históricos, um show aéreo e um cortejo solene: autoridades vestiram trajes de gala em Brasília nesta terça-feira (23) para dar as boas-vindas oficiais ao coração embalsamado de Dom Pedro I, primeiro imperador do Brasil, emprestado por Portugal.

Custodiada pelo chefe da polícia da cidade portuguesa do Porto, Antonio Leitão da Silva, a relíquia de 187 anos subiu a rampa modernista do Palácio do Planalto e foi recebida pelo presidente, Jair Bolsonaro, e pela primeira-dama, Michelle.

Aviões da "Esquadrilha da Fumaça" fizeram acrobacias aéreas ao entardecer na Praça dos Três Poderes, no centro da capital, desenhando um coração de fumaça nos céus.

A urna dourada de nove quilos, contendo o coração embalsamado do imperador, desfilou escoltada por Dragões da Independência, em um ato enquadrado nas festividades pelo bicentenário da independência do Brasil, em 7 de setembro.

Pedro I declarou o Brasil independente em 1822 e estabeleceu um império constitucional no país, mas abdicou nove anos depois, voltando a Portugal, onde foi vitorioso contra as tentativas de devolver o país europeu a uma monarquia absolutista.

Após sua morte, sua figura foi celebrada nos dois países como um defensor das causas liberais.

Seu coração foi mantido na igreja Nossa Senhora da Lapa, no Porto, enquanto o restante de seu corpo foi devolvido ao Brasil em 1972 e repousa em um monumento à independência em São Paulo.

Pela primeira vez fora de terras lusitanas, o órgão embalsamado foi recebido no Brasil com honras de "visita de Estado" desde que chegou na segunda-feira.

A relíquia permanecerá no Palácio do Itamaraty, sede do ministério das Relações Exteriores, até 8 de setembro, exposto sob estritas condições ambientais e visitação restrita, antes de voltar ao Porto.

Bolsonaro e a primeira-dama posaram para foto com o coração ao lado de estudantes da escola militar Dom Pedro, que explodiram aos gritos de "Mito, mito!", como os seguidores costumam chamar o presidente, que tenta a reeleição em outubro.

Os críticos de Bolsonaro têm expressado temores de que ele usaria a cerimônia da relíquia para atiçar paixões nacionalistas.

O presidente foi breve em sua declaração: "Dois países unidos pela história, ligados pelo coração. Duzentos anos de independência, pela frente uma eternidade em liberdade", disse após a cerimônia.

"Deus, Pátria, família. Viva Portugal, viva o Brasil!", concluiu.


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