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Estado de Minas MÉXICO

EUA expressa preocupação com insegurança no México


18/08/2022 16:59

Os Estados Unidos expressaram preocupação, nesta quinta-feira (18), com a insegurança no México, após ataques recentes que deixaram uma dúzia de mortos e comércios incendiados, e alertaram que a violência "esfria" os investimentos no país.

"A segurança é mais fundamental do que outras questões de preocupação que são difíceis, incluindo o T-MEC", disse o embaixador americano no México, Ken Salazar, em entrevista coletiva, referindo-se ao acordo comercial do qual o Canadá também é membro.

Salazar referia-se em particular a uma polêmica levantada pelos Estados Unidos e Canadá contra a política energética mexicana no âmbito do T-MEC.

"Essas coisas podem ser resolvidas e serão resolvidas, mas se não tivermos resultado na questão da segurança, tudo continuará em dúvida", completou o diplomata.

Em função dos atentados da semana passada em vários estados mexicanos, como os fronteiriços Chihuahua e Baixa Califórnia, os consulados dos Estados Unidos de Guadalajara (centro) e Tijuana (norte) emitiram alertas de segurança e pediram aos funcionários que tenham cuidado.

Para Salazar, o clima de insegurança "esfria sim o investimento" no México, não só dos Estados Unidos, mas de outros países também.

As declarações do embaixador fazem alusão à ação criminosa da semana passada, que incluiu uma série de ataques a civis e comércios e deixou uma dúzia de mortos, incluindo um menor de 12 anos e um radialista, baleado durante uma transmissão ao vivo em Ciudad Juárez (Chihuahua).

O governo do presidente Andrés Manuel López Obrador classificou a violência como uma "propaganda criminosa" em resposta aos golpes que as forças de segurança impuseram aos cartéis, que estariam enfraquecidos.

Atos de violência foram vistos também em Jalisco (oeste), Guanajuato (centro) e Michoacán (oeste).

Salazar descartou classificar os ataques como "terrorismo", mas sim como atos de "insegurança real" com "consequências gravíssimas para a população atingida".

Após a violência, o governo mexicano reforçou a segurança em Ciudad Juárez e Baixa Califórnia com o envio de centenas de militares.

Na segunda-feira, um porta-voz do Departamento do Estado americano disse que Washington trabalha "muito de perto" com as autoridades mexicanas para avaliar a situação na Baixa Califórnia, um destino turístico muito procurado por cidadãos americanos.

O México sofre desde 2006 com uma espiral de violência ligada ao crime organizado que já deixou mais de 340.000 mortos.


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