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Estado de Minas SOWETO

Blinken inicia viagem pela África com homenagem ao movimento antio-apartheid


07/08/2022 13:25

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, iniciou neste neste domingo (7) uma viagem pelo continente africano para contra-atacar a influência diplomática russa, com uma primeira escala na África do Sul, onde prestou homenagem à revolta estudantil anti-apartheid de Soweto.

Com a viagem por três países africanos, Washington intensifica a diplomacia para contra-atacar o peso da Rússia no continente, poucas semanas depois de uma viagem ao continente do ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov.

A África do Sul mantém uma posição neutra desde o início da guerra na Ucrânia e se negou a aderir às críticas dos países ocidentais contra a Rússia.

Neste domingo, Blinken percorreu o distrito de Soweto, coração da luta contra a segregação racial na África do Sul, e visitou o Museu Hector Pieterson, construído em memória dos estudantes assassinados em um protesto em 1976 que se tornou um dos marcos da luta contra o apartheid.

"O extraordinário deste museu é que é história viva porque inspira as pessoas a observar o poder que os jovens podem ter para gerar mudanças", disse.

Blinken se reunirá na segunda-feira com a chefe da diplomacia sul-africana, Naledi Pandor, e anúncios são esperados sobre a nova estratégia do governo americano para o continente africano.

Os dois "abordarão os desenvolvimentos recentes e em curso sobre a situação geopolítica global", afirmaram as autoridades sul-africanas.

A África do Sul integra o grupo BRICS de economias emergentes, ao lado do Brasil, Rússia, Índia e China.

Em junho, o presidente russo Vladimir Putin pediu a cooperação dos BRICS diante das "ações egoístas" dos países ocidentais, em um contexto de sanções sem precedentes contra Moscou pelo conflito na Ucrânia.

Para Fonteh Akum, diretor do Instituto de Estudos de Segurança com sede em Pretória, a visita de Blinken pretende "aproximar a África do Sul do campo ocidental".

O presidente francês, Emmanuel Macron, visitou Benin, Camarões e Guiné-Bissau no fim do mês passado, enquanto Lavrov passou por Congo-Brazzaville, Egito, Etiópia e Uganda.

O fato de Blinken vir depois de Lavrov e Macron "basicamente mostra que a África está entrando em uma fase em que há outra competição de grandes potências no continente", disse Akum.

Esta é a segunda viagem do secretário de Estado americano à África desde que assumiu o cargo no ano passado. Na primeira ele visitou Quênia, Nigéria e Senegal.

Depois da África do Sul, o chefe da diplomacia americana visitará República Democrática do Congo e Ruanda.

Antes da invasão russa da Ucrânia, a diplomacia americana na África se concentrava principalmente na concorrência com a China, que fez grandes investimentos em infraestruturas no continente sem exigir nenhuma contrapartida aos países em termos de democracia ou direitos humanos.


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