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Estado de Minas GAZA

Ataques em Gaza deixam 24 mortos, incluindo 6 crianças, em meio a espiral de violência


06/08/2022 20:56

Mais de 20 pessoas, incluindo seis crianças, foram mortas na Faixa de Gaza desde o início de uma nova onda de violência entre Israel e o grupo Jihad Islâmico, indicaram neste sábado (6) autoridades do enclave palestino.

Em um balanço atualizado, o Ministério da Saúde de Gaza disse que 24 pessoas, incluindo seis menores, morreram desde sexta-feira em ataques israelenses a Gaza e que 203 ficaram feridas.

As autoridades israelenses refutaram esta informação, afirmando que várias crianças palestinas morreram na noite de sábado em Jabalia (norte de Gaza) pelo lançamento fracassado de um foguete da Jihad Islâmica contra Israel e não por seu exército.

"As forças de segurança israelenses não atacaram Jabalia nas últimas horas", disse o gabinete do primeiro-ministro de Israel, Yair Lapid, em um comunicado.

Em um hospital em Jabalia, um fotógrafo da AFP viu os corpos de seis pessoas, entre elas três crianças.

Israel alega que seus ataques, lançados na sexta-feira de forma "preventiva" diante de possíveis represálias pela detenção de um líder da Jihad Islâmica na Cisjordânia, são direcionados a fábricas de armas do grupo armado.

Em Rafah, na fronteira de Gaza com o Egito, mulheres e crianças ficaram presas sob os escombros após um ataque israelense, segundo a unidade de defesa civil da faixa.

Equipes de resgate escavavam o local onde um alto comandante da Jihad Islâmica, Khaled Mansour, teria sido alvo de um ataque israelense neste sábado.

No momento não há confirmação concreta da morte de Mansour. Porém, o chefe da diretoria de operações do exército israelense, Oded Basik, afirmou em um comunicado que a "alta cúpula da ala militar da Jihad Islâmica em Gaza foi neutralizada".

O exército israelense explicou neste sábado que "está se preparando para uma operação de uma semana". "Atualmente não há negociações visando um cessar-fogo", observou um porta-voz militar.

Taysir al Jabari 'Abu Mahmud', um dos principais líderes da Jihad Islâmica, e um total de 15 combatentes foram mortos nos bombardeios na sexta-feira, segundo Israel.

O líder da organização em Gaza, Mohamed Al Hindi, declarou que "a batalha está apenas começando".

- Esforços do Egito -

Fontes egípcias disseram à AFP que Cairo, um intermediário histórico entre Israel e os grupos armados em Gaza, estava tentando estabelecer uma mediação.

O presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, disse em um discurso que estava trabalhando "incansavelmente" para restaurar a calma. Mas no terreno, a troca de tiros seguia noite adentro de sábado para domingo.

Esses confrontos são os piores entre Israel e as organizações armadas de Gaza desde a guerra de onze dias em maio de 2021. Nesse conflito, morreram 260 pessoas no lado palestino e 14 em Israel, de acordo com as autoridades.

Pela primeira vez desde o início do novo surto de violência, sirenes de alerta soaram na tarde de sábado na metrópole israelense de Tel Aviv.

De acordo com um oficial israelense, cerca de 400 projéteis (entre foguetes e morteiros) foram lançados nas últimas 24 horas. A maioria foi interceptada pelo escudo antimísseis, disse o exército, e duas pessoas ficaram levemente feridas por estilhaços, segundo os serviços de emergência.

O braço armado do grupo palestino, as Brigadas Al Quds, confirmou em um comunicado que havia disparado "uma forte enxurrada de foguetes" contra as cidades israelenses de Tel Aviv, Ashkelon, Ashdod e Sderot.

- Ajuda humanitária -

Essa nova escalada já privou o pequeno enclave e seus 2,3 milhões de habitantes de sua única usina elétrica, que teve que fechar por falta de combustível, devido ao bloqueio das entradas do enclave por Israel desde terça-feira.

O Ministério da Saúde de Gaza afirmou que as próximas horas serão "cruciais e difíceis", alertando que corre o risco de fechar serviços vitais por 72 horas por causa da falta de eletricidade.

A coordenadora humanitária da ONU para os territórios palestinos, Lynn Hastings, exortou as partes em conflito a permitir que "combustível, alimentos e suprimentos médicos" sejam enviados a Gaza em meio ao agravamento da crise.

Mohamed Abu Salameh, diretor do Shifa, o principal hospital da cidade de Gaza, advertiu que os médicos estão enfrentando uma "séria escassez de suprimentos médicos".


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