O incêndio começou na floresta de Grunewald no início da manhã e os moradores informaram sobre uma série de explosões em intervalos regulares.
"É um acontecimento sem precedentes na história do pós-guerra na Alemanha", disse a prefeita de Berlim, Franziska Giffey, pedindo aos moradores que fechassem "as janelas". Ninguém ficou ferido.
Em princípio, os bombeiros não conseguiram combater o incêndio diretamente devido ao perigo de novas explosões. Segundo a polícia, as chamas arrasaram 50 hectares de floresta, mas o serviço de emergência espera poder controlá-lo durante a noite.
Ademais, foram identificadas as áreas mais perigosas do incêndio e os bombeiros foram autorizados a se aproximar a menos de 500 metros das chamas em alguns lugares, acrescentou o serviço de emergência.
"Quando vemos todo este incêndio, é normal que nos preocupemos, sobretudo quando nos afeta", disse à AFP Hellmut Schmidt, de 64 anos, que atravessa a floresta de bicicleta para ir a trabalhar.
"A situação é totalmente incomum porque temos munições de guerra" no local, indicou um porta-voz dos bombeiros à AFP.
Cerca de 250 bombeiros e policiais foram mobilizados, além de membros do Exército alemão, com ao menos um blindando, um veículo para desmantelar minas e drones.
As autoridades ainda não identificaram as causas do incêndio, mas estabeleceram una zona de segurança de 1 km em torno do local de armazenamento de munições, que pertence à polícia.
Este depósito, instalado na floresta de Grunewald, contém 25 toneladas de materiais explosivos, incluídos artefatos da Segunda Guerra Mundial.
A polícia se encarrega de realizar explosões controladas desses artefatos.
Várias explosões procedentes do depósito de munições foram ouvidas, a última por um jornalista da AFP por volta das 11h00 locais (06h00 em Brasília).
O incêndio florestal também provocou transtornos em várias linhas de trem que passam pela região, e algumas rodovias também foram fechadas. Nenhuma construção foi atingida.
BERLIM