O conjunto "data do final do período pós-clássico (900-1600 d.C.) e está associado a grupos humanos das culturas do deserto, que se estabeleceram nos territórios hoje ocupados pelos estados do norte do México e do sul dos Estados Unidos", explicou a pasta em um comunicado.
Os itens foram apreendidos pelo Serviço de Alfândega e Proteção das Fronteiras dos EUA e entregues ao consulado mexicano em Portland, Oregon, segundo a nota, que não especifica as circunstâncias do confisco.
Posteriormente, a chancelaria entregou os objetos ao Instituto Nacional de Antropologia e História (INAH) do México, que realizou uma avaliação preliminar do patrimônio recuperado.
O lote inclui pontas de projéteis e raspadores feitos de lascas de pedra, artefatos de concha e osso e duas facas que preservam seus cabos originais.
"São representativos de comunidades seminômades de caçadores-coletores", afirmou o arqueólogo Alejandro Bautista, subdiretor de registro de monumentos arqueológicos do INAH, citado no documento.
Entre os objetos entregues destacam-se dois de material orgânico: um huarache (tipo de sandália) e um fragmento de bolsa em regular estado de conservação.
Também foram devolvidos ao México "diversos fósseis marinhos do gênero Exogyra, (...) com idade estimada em 60 milhões de anos", acrescentou a Secretaria de Cultura.
Na semana passada, o governo mexicano informou a recuperação de 2.522 peças pré-hispânicas, que estavam com uma família espanhola e agora são exibidas no Museu do Templo Mayor, na Cidade do México.
As duas entregas ocorreram no âmbito de uma campanha para resgatar o patrimônio histórico do México que foi retirado ilegalmente do país.
O governo do esquerdista Andrés Manuel López Obrador já conseguiu recuperar 8.970 itens arqueológicos desde dezembro de 2018.
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