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Estado de Minas GENEBRA

Especialistas da ONU criticam 'assédio' de Israel a defensores de DH na Cisjordânia


02/08/2022 15:32

Relatores da ONU pediram a Israel, nesta terça-feira (2), a Israel o fim do "assédio" a voluntários e defensores dos direitos humanos em uma área de treinamento militar na Cisjordânia ocupada.

"A arrogância das autoridades israelenses não tem limites. Assediam tanto os defensores de direitos humanos quanto aqueles que colaboram e querem ajudar a proteger as pessoas expostas a graves violações de direitos humanos em Masafer Yatta", afirmaram os quatro relatores em nota.

Em maio, o máximo tribunal israelense decidiu a favor do Exército, ao concluir que a área, que abriga 12 povos palestinos no deserto da Judeia, no extremo sul da Cisjordânia, funciona como campo de tiro desde 1980.

Esta decisão abriu caminho para uma possível expulsão dos habitantes e para a construção de eventuais residências para colonos.

"Cerca de 1.200 palestinos moradores de Masafer Yatta ficaram sem defesa diante da ameaça de expulsão forçada e de um deslocamento arbitrário", insistem os quatro relatores, enviados pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU, mas que não falam em seu nome.

Massafer Yatta fica na chamada "zona C", sob controle militar e civil de Israel, segundo os acordos entre israelenses e palestinos de Oslo, em 1993, que dividiram a Cisjordânia, território palestino ocupado por Israel, em três zonas (A, B e C).

Estes especialistas expressaram sua "consternação" diante das denúncias de defensores de direitos humanos e colaboradores ameaçados pelo Exército israelense na Masafer Yatta.

Segundo os relatores da ONU, eles foram mantidos detidos durante várias horas em postos de controle, tiveram seus documentos e carros apreendidos e, em alguns casos, foram acusados de entrar sem autorização em uma zona militar.

Os especialistas expressaram preocupação especial com Sami Hureini, um proeminente defensor dos direitos humanos e membro da Juventude de Sumud, considerada "um grupo militante engajado na resistência pacífica contra assentamentos ilegais nas colinas do sul de Hebron".

Em 28 de junho, Hureini teria sido detido em um posto de controle em Massafer Yatta. Atualmente, está sendo julgado pelo tribunal militar de Ofer por desacatar um soldado, agredi-lo e entrar em uma zona militar fechada após participar de uma manifestação em janeiro de 2021.

No entanto, seu advogado Riham Nasra disse à AFP que seu cliente estava sob julgamento, "apenas por ter ousado protestar contra a ocupação".

O exército israelense disse à AFP que Sami Hureini foi "acusado por sua participação em uma manifestação violenta contra os soldados e por incitar outros manifestantes à violência contra a polícia".


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