"Trata-se de um primeiro passo muito importante e bem-vindo. Esperamos a plena aplicação do acordo e a retomada das exportações ucranianas aos clientes de todo o mundo afetados pela crise alimentar provocada pelo bloqueio russo dos portos ucranianos", disse Peter Stano, porta-voz do chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell.
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, agradeceu à Turquia pelo "papel central" que teve na conclusão do acordo.
"Os aliados da Otan apoiam de maneira firme a plena aplicação do acordo para aliviar a crise alimentar mundial causada pela guerra da Rússia na Ucrânia", destacou em uma mensagem no Twitter.
Um primeiro navio, o "Razoni", zarpou do porto de Odessa (sul da Ucrânia) na manhã desta segunda-feira com destino ao porto de Trípoli, no Líbano, com uma carga de 26.000 toneladas de milho. A embarcação deve chegar na terça-feira a Istambul.
"O Líbano depende das exportações ucranianas de cereais e é um dos países mais afetados pela crise alimentar", destacou Stano.
A saída do navio aconteceu com base em um acordo assinado em 22 de julho em Istambul entre representantes da Rússia, Ucrânia, Turquia e ONU, que permite a retomada das exportações ucranianas sob supervisão internacional.
Um acordo similar assinado no mesmo momento também garante a Moscou a exportação de seus produtos agrícolas e fertilizantes, apesar das sanções ocidentais.
BRUXELAS