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Estado de Minas GENEBRA

ONU pede que um de seus investigadores explique suposta declaração antissemita


29/07/2022 16:03

O presidente do Conselho de Direitos Humanos da ONU, o argentino Federico Villegas, pediu, nesta sexta-feira (29), a um de seus investigadores que explique suas observações sobre o "lobby judaico" após críticas de Israel e outros países.

Em uma entrevista recente, um dos três especialistas da comissão sobre supostas violações dos direitos humanos no conflito israelo-palestiniano, o indiano Miloon Kothari, se referiu a um "lobby judaico" e questionou a legitimidade da adesão de Israel à ONU.

"Estamos muito desmotivados pelas redes sociais, controladas em grande parte pelo lobby judaico ou por certas ONGs, que gastam muito dinheiro tentando nos descreditar", disse Kothari.

A embaixadora israelense em Genebra, Meirav Eilon Shahar, escreveu então uma carta a Villegas em protesto contra esses "comentários ultrajantes, alguns dos quais são claramente antissemitas".

Alguns diplomatas, entre eles americanos e britânicos, também condenaram os comentários do especialista através de publicações no Twitter.

A presidente da comissão, a sul-africana Navi Pillay, ex-Alta Comissária para os Direitos Humanos, disse na quinta-feira que os comentários de Kothari "parecem ter sido deliberadamente retirados do contexto" e foram "deliberadamente citados errado".

Na carta de sexta-feira, a embaixadora israelense denunciou os comentários de Pillay: "É uma defesa do indefensável", disse. "Ela apoia o antissemitismo. Ela envergonha toda a ONU", acrescentou

Mais tarde, Villegas respondeu a carta afirmando que alguns dos comentários de Kothari "poderiam ser interpretados, com razão, como uma estigmatização do povo judeu", que "está no centro da expressão do antissemitismo", explicou.

"Então, respeitosamente sugiro que o comissário Kothari considere esclarecer publicamente seus comentários", acrescentou.

Israel se recusou a cooperar com a comissão, criada após a guerra de 11 dias contra Hamas em maio de 2021, na qual 260 palestinos foram mortos por ataques israelenses em Gaza.

Em um relatório publicado em 7 de junho, a comissão concluiu que a ocupação israelense dos territórios palestinos e a discriminação contra a população palestina são "as principais causas" das tensões e instabilidade recorrentes.


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