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Estado de Minas WASHINGTON

Xi alerta Biden a não 'brincar com fogo' em Taiwan


28/07/2022 16:03

Os presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, e da China, Xi Jinping, tiveram nesta quinta-feira (28) uma conversa telefônica "franca", na qual Xi alertou o líder dos EUA a não "brincar com fogo" em Taiwan, segundo a imprensa estatal chinesa.

A reunião virtual de mais de duas horas foi marcada em um contexto de tensão entre Pequim e Washington sobre a ilha que a China considera parte de seu território.

"Aqueles que brincam com fogo vão acabar se queimando", disse Xi a Biden, segundo a agência de notícias estatal Xinhua, usando a mesma expressão que usou em uma conversa entre os dois em novembro.

"A posição do governo e do povo chinês sobre a questão de Taiwan é consistente", disse Xi à agência. "É a firme vontade de mais de 1,4 bilhão de chineses salvaguardar firmemente a soberania e a integridade territorial da China", acrescentou.

Segundo a Casa Branca, Biden disse a Xi que os Estados Unidos "não mudaram" sua posição sobre Taiwan e "se opõem fortemente aos esforços unilaterais para mudar o status da ilha e minar a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan".

Esta foi a quinta reunião virtual entre os dois líderes desde que Biden assumiu o cargo há um ano e meio.

Pequim e Washington já estavam em desacordo sobre o comércio e, agora, as divergências sobre Taiwan aumentaram.

A mais recente fonte de atrito até o momento é uma possível viagem da presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, a Taiwan.

A China considera a ilha como uma de suas províncias históricas e reivindica sua soberania. Opõe-se, portanto, a qualquer iniciativa que dê legitimidade internacional às autoridades taiwanesas e a qualquer contato oficial entre Taiwan e outros países.

Embora autoridades americanas de alto escalão visitem frequentemente Taiwan, a China considera a viagem de Pelosi, uma das principais personalidades do Estado, uma grande provocação.

Washington terá de "assumir todas as consequências" dessa possível visita, que Pelosi ainda não confirmou, alertou Pequim na quarta-feira (27).

O chefe do Estado-Maior dos Estados Unidos, general Mark Milley, disse à imprensa que, se Pelosi pedir "apoio militar", ele "fará o que for necessário" para garantir que transcorra com segurança.

- 'Salvaguardas' -

As tensões em torno desta viagem são apenas parte do problema. Os Estados Unidos temem que o presidente Xi esteja considerando o uso da força para impor o controle sobre Taiwan.

Até pouco tempo atrás, uma invasão era considerada improvável, mas os observadores estão mudando de ideia e não descartam mais essa hipótese.

As declarações contraditórias de Joe Biden sobre Taiwan (em maio disse que os Estados Unidos defenderiam a ilha e, mais tarde, a Casa Branca insistiu em que estava mantendo a chamada política de "ambiguidade estratégica") não ajudaram.

Ainda que Biden se gabe de ter um relacionamento próximo com Xi, eles não se veem desde que o líder americano assumiu o cargo - um distanciamento causado, em grande parte, pelas restrições da covid-19.

Segundo a Casa Branca, o principal objetivo de Biden é estabelecer "salvaguardas" para as duas superpotências para evitar um conflito aberto.

Biden "quer ter certeza" de que "as linhas de comunicação com o presidente Xi permaneçam abertas em todas as questões, sejam aquelas com as quais concordamos, ou com as quais temos dificuldades significativas, para que sempre possam pegar o telefone e falar francamente", explicou o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby.

Questionado se Biden poderia suspender algumas das tarifas de 25% impostas por seu antecessor, o republicano Donald Trump, sobre bilhões de dólares em produtos chineses, o porta-voz disse que nenhuma decisão foi tomada ainda.


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