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Estado de Minas KIEV

Ucrânia acusa Rússia de lançar mísseis da central nuclear de Zaporizhzhia


16/07/2022 17:46

A operadora ucraniana de energia nuclear acusou as forças russas de implantarem lançadores de mísseis na central nuclear de Zaporizhzhia para disparar contra as regiões de Nikopol e Dnipro, que sofreram ataques na madrugada deste sábado (16).

"Os ocupantes russos instalaram sistemas de lançamento de mísseis no território da central nuclear de Zaporizhzhia", no sul da Ucrânia, disse o presidente da Energoatom, Petro Kotin, no aplicativo de mensagens Telegram, após uma entrevista ao canal ucraniano de televisão United News.

"A situação [na planta nuclear] é extremamente tensa, e a tensão aumenta a cada dia. Os ocupantes estão trazendo seu maquinário, incluindo os sistemas de mísseis, com os quais atacaram o outro lado" do rio Dnipro e "o território Nikopol", 80 km a sudoeste de Zaporizhzhia, relatou, acrescentando que cerca de 500 soldados russos permanecem na usina, controlando-a.

A maior central nuclear da Ucrânia caiu nas mãos das forças russas no início de março, pouco depois do início da invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro.

Neste sábado, mísseis russos atingiram prédios residenciais em Nikopol, matando duas pessoas e danificando 12 edifícios, além de uma escola e uma universidade, descreveu o governador regional de Dnipro, Valentin Reznichenko.

No nordeste, perto da segunda maior cidade da Ucrânia, Kharkiv, o governador Oleh Synyehubov anunciou que um ataque com mísseis russos durante a noite matou três pessoas na cidade de Chuhuiv.

- Mais mortes em Vinnytsia -

Tanto a Ucrânia quanto a comunidade internacional continuam abaladas com os bombardeios com mísseis de cruzeiro que devastaram o centro de Vinnytsia, centenas de quilômetros a oeste, na quinta-feira (14).

O número de mortos nessa cidade subiu para 24 neste sábado, depois que uma mulher não resistiu aos ferimentos e faleceu no hospital, disseram as autoridades.

Segundo as mesmas fontes, há três crianças entre os mortos.

"Sessenta e oito pessoas ainda estão recebendo tratamento, incluindo quatro crianças. Quatro pessoas continuam desaparecidas", disse o chefe do distrito de Vinnytsia, Serhiy Borzov.

O exército russo afirmou que o bombardeio em Vinnytsia foi dirigido à "casa dos oficiais" dessa cidade, onde acontecia uma reunião do "comando da Força Aérea ucraniana com representantes de fornecedores estrangeiros de armas".

A declaração foi questionada por uma autoridade do Pentágono.

"Não tenho indícios de que houvesse um alvo militar perto de lá", disse a mesma fonte à imprensa, pedindo para não ser identificada.

"Parecia um prédio residencial", acrescentou.

- Combates no Donbass -

Em um discurso dirigido aos ucranianos, Zelensky afirmou que a resistência conseguiu recuperar parte do território perdido para a Rússia desde o início da guerra, e que continuará recuperando zonas ocupadas.

"Resistiremos. Venceremos. E reconstruiremos nossas vidas", disse.

No momento, a maior parte dos combates está concentrada no sul e na bacia mineira e industrial do Donbass, no leste.

As forças separatistas no Donbass afirmam que continuam avançando e em processo de retomada do controle total da cidade de Siversk, atacada depois da tomada de Lysyschansk, mais a leste, no início do mês.

De acordo com o Ministério da Defesa do Reino Unido, "as forças russas avançam lentamente para o oeste, após bombardeios e assaltos em direção a Siversk, (lançados) de Lysychansk, para abrir uma rota para Sloviansk e Kramatorsk".

Sem especificar a data do deslocamento, o Ministério russo da Defesa anunciou neste sábado que o ministro Sergei Shoigu visitou os soldados envolvidos na ofensiva. Foi a segunda vez, desde o início do conflito. Também não foi especificado se a visita ocorreu na Ucrânia, ou na Rússia.

Shoigu "deu as instruções necessárias para incrementar" as medidas que impeçam que "Kiev lance bombardeios em massa [...] contra as infraestruturas civis e contra os edifícios residenciais no Donbass e em outras regiões", indicou o ministério.

A reunião de ministros de Economia e presidentes de bancos centrais dos países do G20 na Indonésia terminou sem um comunicado conjunto devido à falta de consenso nas discussões, dominadas pela ofensiva russa na Ucrânia.

A reunião de dois dias na ilha de Bali colocou em evidência as diferencias entre os líderes ocidentais, que denunciaram o impacto da guerra na Ucrânia na inflação e nas crises alimentar e energética, e a Rússia, que responsabilizou as sanções ocidentais pela piora da economia mundial.

Cerca de 20 milhões de toneladas de grãos se encontram bloqueadas nos portos pela presença de navios de guerra russos e minas, colocadas por Kiev, para defender sua costa.


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