Em 24 de junho de 2022, a polícia e vários civis atacaram duas comunidades indígenas Guarani e Kaiowá no Mato Grosso do Sul, como parte de processos de desocupação, apesar de estarem proibidos pela Justiça até o fim de outubro, segundo um comunicado da CIDH, uma comissão da Organização dos Estados Americanos (OEA).
Os agentes dispararam em terra e também de um helicóptero, deixando um indígena morto e mais de dez feridos, entre eles mulheres, meninas e meninos, afirmou.
Ainda segundo a CIDH, em 15 de junho policiais militares de Pernambuco acusaram um homem indígena de 61 anos de portar uma arma e o espancaram até a morte.
Segundo informação do Escritório Regional do Acnudh, pelo menos seis indígenas foram assassinados no país este ano, o que supera a cifra de quatro mortes em todo o ano de 2021.
As duas organizações exortam o governo do presidente Jair Bolsonaro, um incentivador da exploração comercial das áreas protegidas, a "erradicar a discriminação" por parte das forças de segurança e investigar "as denúncias de que agentes policiais atuam junto a proprietários privados contra os povos indígenas que reivindicam terras ancestrais".
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WASHINGTON
CIDH e Acnudh instam Brasil a proteger povos indígenas
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