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Estado de Minas NAÇÕES UNIDAS

China pede ao Conselho da ONU embargo a armas leves e envio de força regional para o Haiti


14/07/2022 21:05

A China pediu ao Conselho de Segurança da ONU que vote um embargo à venda de armas leves ao Haiti, puna líderes de gangues e até apoie o envio de uma força policial regional para aquela ilha caribenha atormentada pela violência criminosa, disseram fontes diplomáticas nesta quinta-feira (14).

Essas medidas fazem parte da renovação da missão política da ONU que expira na noite de sexta-feira. Os dois países responsáveis pelo dossier no Conselho de Segurança, Estados Unidos e México, não pretendiam ir tão longe no seu projeto de resolução inicial e, nesta quinta-feira, as negociações sobre o assunto continuaram, disseram as mesmas fontes sob condição de anonimato.

Nenhum comentário pôde ser obtido imediatamente de autoridades dos Estados Unidos e do México.

A China se tornou nos últimos anos um ator-chave na ONU no caso haitiano, em particular, dizem diplomatas, porque o Haiti reconhece Taiwan, uma ilha que Pequim considera uma província rebelde.

Pequim, que rejeita qualquer vínculo formal com Taiwan, denunciou a situação no país caribenho, mergulhado em uma profunda crise política e econômica, apesar de múltiplas ajudas internacionais e do envio de várias operações de paz lideradas por capacetes azuis.

O projeto de sanções contra líderes de gangues inclui proibições de viagens e congelamento de bens, de acordo com uma minuta obtida pela AFP, mas que ainda não é final.

O tráfico de armas no Haiti deve ser combatido, as autoridades políticas devem ser retiradas de sua letargia e os responsáveis pela violência devem ser ameaçados com sanções legais, disse à AFP uma fonte diplomática chinesa sob condição de anonimato.

Da mesma forma, o esboço prevê a renovação até 15 de outubro de 2023 da missão política Binuh, criada em outubro de 2019, pela qual as partes haitianas devem chegar a um acordo em no máximo seis meses para definir um processo que permita eleições presidenciais e legislativas seguras e livres.

A proposta da China também inclui um embargo à venda de munições para deter a violência armada e os sequestros para extorsão, comuns no Haiti.

Também exige o fim imediato da violência e da atividade criminosa, o fim dos bloqueios de estradas e da ocupação de prédios públicos.

Pequim pediu ao secretário-geral da ONU que inicie consultas com países da região e organizações regionais para apoiar a polícia haitiana e ordenar o envio de uma força policial multinacional para restaurar a paz no país e proteger os direitos humanos.


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