(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas WASHINGTON

Vítima de abuso nos EUA pode pedir absolvição por matar seu agressor


06/07/2022 18:44

Uma jovem americana que responde na justiça por homicídio poderá pedir sua absolvição sob o argumento de que sua vítima a explorava sexualmente, segundo uma sentença judicial conhecida nesta quarta-feira (6) em um caso que atrai as atenções nos Estados Unidos.

Em junho de 2018, Chrystul Kizer, então com 17 anos, atirou e matou Randall Volar, de 34, e depois ateou fogo na casa dele em Kenosha e roubou seu carro.

A jovem afro-americana explicou que "já tinha tido o bastante com suas apalpações".

O homem era investigado, então, por abuso sexual de menores e a polícia tinha descoberto vídeos pornográficos na casa dele, especialmente de Kizer.

Depois, a jovem contou ao jornal The Washington Post que o homem lhe pagava por sexo, uma atividade que no Winsconsin é considerada "tráfico sexual de menores".

Kizer, no entanto, foi acusada de homicídio, uma acusação que automaticamente leva à prisão perpétua nesse estado.

Nesse momento, 1,5 milhão de pessoas assinaram uma petição online para encerrar o caso porque a jovem matou Volar em legítima defesa.

Em 2020, um fundo chegou a arrecadar 400.000 dólares para que ela fosse solta sob fiança. No entanto, o caso empacou.

O advogado de Kizer invocou desde o começo a lei estadual que isenta as vítimas de "tráfico sexual de menores" quando cometem crimes "diretamente" relacionados com os abusos.

Para os promotores, no entanto, o homicídio não foi "resultado direto" da violência contra a jovem, mas foi planejado para roubar o carro de Volar.

A Suprema Corte do Wisconsin finalmente deu a Kizer uma primeira vitória nesta quarta.

"O tráfico de pessoas pode aprisionar as vítimas em um ciclo de abuso aparentemente interminável durante meses ou até anos", descreve a sentença.

"Um crime imprevisível ou que ocorra imediatamente depois do abuso pode ser consequência direta do tráfico, desde que exista uma conexão lógica entre ambos", proferiu a corte em um texto aprovado por estreita maioria.

Kizer agora tem a autorização da Corte para apresentar este argumento de defesa no julgamento.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)