Representantes do Ministério da Saúde Pública (MSP) apresentaram uma rejeição ao juiz Alejandro Recarey, que no sábado convocou uma audiência para que as autoridades e a farmacêutica Pfizer exigissem informações detalhadas sobre as vacinas administradas durante a pandemia e os contratos firmados.
No documento, o MSP destaca a "falta de imparcialidade do juiz por ter dado o sua opinião prévia sobre a mesma questão" da vacinação, segundo um comunicado divulgado no Twitter.
Também alega que o recurso foi apresentado "fora do prazo" e destaca o descumprimento "de outros requisitos previstos na lei de amparo".
"As vacinas são eficazes e seguras, conseguiram reduzir a mortalidade e os contágios, são um mecanismo para proteger a vida, a saúde e a integridade das pessoas, foram aprovadas e fornecidas pelo órgão competente", disse o ministério.
"A atuação do juiz constituiu uma clara violação da separação de poderes, invadindo os poderes da saúde, a cargo do Poder Executivo", acrescentou.
O juiz Recarey, que atua como suplente em um tribunal contencioso administrativo, deu ensejo ao recurso do advogado Maximiliano Dentone para suspender a campanha de vacinação "em idade pediátrica".
No Uruguai, crianças a partir de 5 anos de idade estão autorizadas a serem vacinadas.
MONTEVIDÉU