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Estado de Minas LONDRES

Temor de recessão derruba bolsas europeias, petróleo e euro; Wall Street resiste


05/07/2022 19:39

As bolsas europeias, o euro e os preços do petróleo caíram com força nesta terça-feira, devido ao temor crescente de recessão nas grandes economias, em um contexto de inflação descontrolada. Já Wall Street, que começou o dia no vermelho, conseguiu resistir e fechou com resultados mistos.

Os preços do petróleo despencaram, com o WTI fechando abaixo de US$ 100 pela primeira vez em dois meses. Em Londres, o barril do Brent para setembro registrou queda de 9,45%, a 102,77 dólares. Em Nova York, o WTI para agosto recuou 8,23%, a 99,50 dólares.

A Bolsa de Paris caiu 2,68%, e a de Frankfurt, 2,91%, o que levou as duas praças à mínima desde a primavera local de 2021. Londres cedeu 2,86%.

"Os temores envolvendo a saúde da economia global são evidentes e é por esse motivo que caem as bolsas, o petróleo e os metais industriais", apontou o analista David Madden, da Equiti Capital.

Em Nova York, Wall Street resistiu e fechou com resultados mistos nesta terça-feira, quando a preocupação com uma possível recessão prejudicou algumas empresas e ajudou outras.

As empresas de tecnologia se recuperaram fortemente, em um mercado que vê menos chances de grandes aumentos dos juros devido ao panorama de fragilidade econômica. Um cenário de taxa elevada prejudica a perspectiva de ganhos futuros no setor tecnológico.

O Dow Jones perdeu 0,42%, a 30.967,82 pontos, e o Nasdaq, 1,75%, a 11.322,24 pontos. O S&P; 500 subiu 0,16%, a 3.831,39 pontos.

A queda nas taxas dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos para 10 anos, que passaram a 2,83%, é vista como prenúncio de uma política monetária menos radical do que o esperado pelo Fed. Dessa forma, PayPal (+4,20%), Airbnb (+4,96%) e Uber (+5,53%) subiram, assim como algumas gigantes do mercado de ações, como Amazon (+3,60%), Alphabet (+ 4,41%) e Meta (+5,10%).

Nesse contexto de temores e volatilidade, o dólar confirmou sua posição de ativo-refúgio. Já o euro foi negociado em seu nível mais baixo em quase 20 anos, abaixo de US$ 1,03, queda de 1,3%.

- Petróleo cai -

A queda do petróleo bruto se deve ao temor de recessão nos países consumidores, o que poderia reduzir a demanda.

O mercado petroleiro "desvia-se da inflação" e dirige-se à "desesperança econômica", indicou Stephen Innes, analista da Spi Asset Management. O temor de recessão mundial se tornou, então, mais importante "do que os problemas de abastecimento mais evidentes, relegados ao segundo plano."

Alguns índices de atividade deixaram manifesto "o risco de recessão na zona do euro", afirmou Neil Wilson, analista da Markets.com, para quem "a recessão parece inevitável".

As cotações do petróleo caem apesar do fato de que a Noruega poderia reduzir em cerca de 60% suas exportações de gás e em mais de 340 mil barris as de petróleo bruto neste fim de semana, devido a uma greve no setor petroleiro. Nesse contexto, "é impossível prever quando a atenção se deslocará irremediavelmente da oferta para a demanda", explicou Tamas Varga, analista da PVM Energy.

- Dr. Cobre -

Os temores de uma recessão também continuaram prevalecendo nos mercados de metais industriais, particularmente para o cobre, conhecido por refletir a saúde da economia mundial a ponto de ser conhecido como "Dr Copper" (doutor cobre). O metal vermelho é muito sensível a uma potencial desaceleração econômica mundial.

Pela primeira vez em 17 meses, o cobre foi negociado abaixo dos 8.000 dólares a tonelada, uma queda de 21% desde o começo do ano. Nesta terça, aproximou-se dos 7.627,00 dólares a tonelada.


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