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Estado de Minas PARIS

Israel e França manifestam desejo de trabalhar juntos sobre Líbano e Irã


05/07/2022 16:18

O presidente francês, Emmanuel Macron, e o novo primeiro-ministro israelense, Yair Lapid, manifestaram nesta terça-feira (5) o desejo de trabalhar juntos para contrabalançar as ambições regionais do Irã e favorecer um acordo gasífero entre Israel e Líbano.

Em sua primeira viagem ao exterior, Lapid destacou a convergência de pontos de vista com Macron sobre a necessidade de "responder" ao que considera a ameaça que o Irã representa no Oriente Médio.

"Em 2018, o senhor foi o primeiro líder mundial que falou da necessidade de um novo acordo mais eficiente com o Irã (...) Tinha razão", disse, durante coletiva de imprensa no Palácio do Eliseu, sede da Presidência francesa.

"A situação atual não pode continuar. Levará a uma corrida armamentística no Oriente Médio que ameaçará a paz mundial", acrescentou.

Israel se opõe às negociações internacionais para reviver o acordo nuclear do Irã porque teme que Teerã obtenha mais capacidade de financiar o Hezbollah libanês e o movimento palestino Hamas se forem atenuadas as sanções contra a economia iraniana.

O acordo nuclear pretende aliviá-las em troca de um compromisso de concentrar seu programa nuclear em usos civis. Os diálogos iniciados em abril de 2021 em Viena pretendem reintegrar os Estados Unidos ao acordo concluído em 2015.

Mas segundo Washington, as conversas indiretas mantidas em Doha no fim de junho entre os Estados Unidos e o Irã, auspiciadas pela União Europeia, não permitiram "nenhum avanço".

Macron lamentou que o Irã continue rechaçando o acordo posto sobre a mesa e prometeu continuar com "todos os esforços" para que o país "caia em si".

Também insistiu na necessidade de "complementar [o acordo] com negociações ainda mais fortes sobre as atividades balísticas e regionais" do Irã, que estendeu sua influência do Líbano até o Iêmen.

Antes de viajar para a França, Lapid, que assumiu o cargo após o desmembramento da coalizão que governava, informou que também queria pedir a Macron para "intervir" para salvar as negociações sobre o gás com o Líbano.

O Hezbollah - inimigo declarado de Israel - lançou na sexta-feira três drones contra o campo gasífero marítimo de Karish, no leste do Mediterrâneo, no dia seguinte de Lapid assumir as rédeas do governo.

"Os dois países têm interesse em alcançar um acordo que permita a exploração energética em benefício dos dois povos", afirmou o líder francês.

Israel e Líbano retomaram as negociações sobre sua fronteira marítima em 2020, embora a área específica do campo de Karish esteja fora do diálogo, pois está demarcada como israelense em um mapa da ONU.

Estes diálogos patrocinados pelos Estados Unidos estão estagnados desde que o Líbano pediu que o mapa da ONU seja modificado.

"Tivemos uma longa discussão sobre o Líbano, apresentamos informação de Inteligência sobre o Hezbollah e suas atividades", declarou Lapid a um grupo de jornalistas. Ele não deu detalhes, mas disse que a informação estava "relacionada com os ataques à plataforma de gás".


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